Alessandro, sobre trajetória no Corinthians: 'Era um simples coordenador e me tornei gerente'
1.7 mil visualizações 27 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Um dos principais jogadores do Corinthians no século 21, Alessandro está prestes a completar quatro anos como dirigente do clube que o tornou reconhecido mundialmente em termos de títulos. E engana-se quem pensa que sua trajetória na diretoria tem sido fácil. O próprio ex-lateral falou sobre os percalços da nova carreira.
Em participação especial na Corinthians TV, no YouTube, por conta do aniversário de 107 anos do clube, nesta sexta-feira, Alessandro falou sobre os desafios na alta cúpula do Corinthians, seja ao lado de Mário Gobbi Filho ou de Roberto de Andrade.
Leia também:
Contraste entre sucesso no campo e caos financeiro marca aniversário de 107 anos
Relembre momentos marcantes dos 107 anos de história do Corinthians
Corinthians pode fechar temporada com três títulos pela primeira vez em 107 anos
Durante o bate-papo, Alessandro revelou o momento mais difícil de sua trajetória pela diretoria corinthiana. E não faz muito tempo: foi na ocasião da saída de Edu Gaspar, então gerente de futebol, para a Seleção Brasileira, em junho do ano passado.
"Em tão pouco tempo, a saída do Tite e do Edu para a Seleção foi o momento mais difícil do clube em termos de mudanças. Eu era um simples coordenador ali e me tornei o gerente do departamento naquele momento. Foi um momento de transição difícil. O Edu sempre foi o gestor do departamento, eu estava do lado dele olhando o dia a dia há dois anos e meio, mas é diferente, a experiência que ele tinha era muito grande", argumentou.
Não bastasse a nova missão ter caído em seu colo em um momento inesperado, Alessandro ainda teve de lidar com pressões das mais diversas de imediato: crise dentro de campo e difíceis decisões a respeito dos treinadores que viriam a assumir o time naquela temporada.
"E a cobrança não para. É impactante. Nem quando eu fui atleta a vaia era tamanha como tem sido agora. É um negócio gigante, mais difícil. Mas o clube tem uma estrutura muito positiva, consegue montar grupos muito bons. Então nosso dia a dia aqui são muito saudáveis, existe uma atmosfera pesada lá de fora que não entra aqui. Temos calma e tranquilidade para rever erros e acertos", comentou.
Na opinião de Alessandro, a chave para superar as pedras no caminho citadas acima é justamente um dos mantras do atual técnico Fábio Carille: a sinceridade. O diálogo transparente entre dirigentes e jogadores, na visão do ex-lateral e hoje gerente de futebol, é o que determina uma boa gestão à frente de um clube.
"O próprio grupo facilita muito. O convívio com esses caras traz uma facilidade muito grande. Esse contato direto para solucionar os problemas, resolver alguns erros. Não só no CT, mas nas viagens também, nos jogos. Seja num momento ruim ou positivo, tem essa sinceridade. É uma coisa que traçamos aqui dentro, o próprio Carille, os atletas fazem da mesma maneira", afirmou.