Ralf diz que não jogaria em rival do Corinthians, explica saída e opina sobre Gabriel
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Por Meu Timão
Em meio a inúmeras especulações e negociações envolvendo o planejamento do Corinthians para 2018, o nome de Ralf surgiu como possível retorno ao clube do Parque São Jorge nas últimas semanas. E se por um lado o Timão não planeja repatriar o veterano de 33 anos, por outro o volante diz não aceitar propostas de equipes rivais de São Paulo.
Em entrevista concedida ao portal Globoesporte.com e publicada nesta sexta-feira, Ralf explicou que a idolatria construída no Corinthians o impediria de acertar com um rival paulista. No Timão, foram seis anos, oito títulos e 352 jogos - é o 19º jogador com mais partidas pelo clube em toda a história.
"Se eu voltar ao Brasil, vai ser para um clube fora de São Paulo. Por tudo o que eu conquistei, até para não apagar a boa imagem que deixei. Tudo o que conquistei foi aqui. Seria algo difícil para mim e para o torcedor. Eu respeito a entidade. Fiz por merecer, mas também reconheço tudo o que eles fizeram por mim", contou.
"É difícil voltar para um rival. Sempre vou ser lembrado como o Ralf do Corinthians. Não quero apagar essa história. Foi tão difícil conquistar e chegar onde cheguei. Não quero jogar tudo isso fora da noite para o dia. Por isso, se for para voltar, vai ser para um clube fora de São Paulo. Se fosse para São Paulo, teria que ser para o Corinthians", argumentou.
Nas últimas duas temporadas, Ralf defendeu o Beijing Guoan, da China - o clube decidiu não renovar com o volante por conta do limite de estrangeiros por equipe imposto pela liga local. A saída do Corinthians para o futebol chinês, aliás, também foi comentada pelo volante na entrevista. Ele explicou a "negociação relâmpago" realizada em dezembro de 2015.
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"Foi tudo muito rápido e desgastante também, pois se arrastou a negociação para renovar. Assim como agora, com o clube chinês, o Corinthians deixou a renovação para ser feita em cima da hora. A gente quer acertar antes, até pra sair de férias e estar tranquilo, né?", disse.
"No Corinthians tive altos e baixos, acabei o ano jogando, fui o capitão, mas tive momentos em que não tive sequência. Isso foi desgastando, eles não queriam renovar, depois queriam... E eu não podia assinar nada, pois estava esperando o Corinthians. Depois que assinamos, passaram-se 10 ou 15 dias e o clube chinês cobriu a proposta. Eu estava no alto aqui, mas tinha que pensar na minha vida financeira", completou.
Passados dois anos, o Corinthians aprendeu a viver sem Ralf. Mais precisamente em 2017, o Timão viu Gabriel surgir como novo "pitbull da Fiel", conquistando a comissão técnica e o carinho também da torcida. A aprovação do antigo dono da camisa 5 ele já tem...
"É difícil você se comparar com alguém. Mas o Gabriel é bom, novo ainda e tem um grande futuro pela frente. O pouco que fiquei sabendo é que ele é dedicado. Também vi alguns jogos, tive oportunidade de enfrentá-lo quando ele estava no Botafogo e no Palmeiras. É um jogador de raça e força, que aos poucos vai colher os frutos", opinou Ralf.
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"Ele é menor, mais leve e ágil. Eu já fazia mais a proteção dos zagueiros e cobria os laterais. Mas ele vem jogando muito bem", finalizou.