Presidente do Corinthians relata ameaças e volta a defender boicote à Libertadores
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Por Meu Timão
Mais do que pressionado, Andrés Sanchez anda preocupado com o momento do Corinthians, dono da terceira pior campanha do returno e a apenas cinco pontos da zona de rebaixamento. O péssimo segundo semestre do Timão, cujo endividamento ultrapassa os R$ 500 milhões, tem feito até alguns “torcedores” passarem do limite.
Em entrevista coletiva concedida no CT Joaquim Grava nessa quinta-feira, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, revelou que membros da diretoria e jogadores têm recebido ameaças de supostos corinthianos nas redes sociais. Muitas das mensagens chegam via WhatsApp.
“Tem que ter um pouco de paciência. Os caras ameaçando nas redes sociais, no WhatsApp. Daqui a pouco ou se ganha ou vai embora. Não é assim. Quero ver quem ganhou mais que nós nos últimos anos. Não dá”, disse Andrés, que evitou dar mais detalhes a respeito das intimidações.
“Não sei se é fake, hoje está na moda... Mas existe torcedor de redes sociais que é incontrolável, você nem sabe quem é. Isso é difícil em todos os clubes, você perde o jogo e descascam até a mãe dele”.
Boicote à Libertadores
Entre outros assuntos, o presidente corinthiano voltou a fazer críticas à Copa Libertadores da América, mais precisamente à falta de representatividade da CBF dentro da Conmebol. Na visão de Andrés, um boicote dos clubes do país ao torneio obrigaria a Confederação Sul-Americana a ceder às solicitações dos mesmos, resolvendo o problema.
“É difícil, estou desanimando. Falei há 10 anos que todos tinham de sair da Libertadores. Hoje eu escuto falar, lógico que eu quero disputar, mas do jeito que está, não posso pôr patrocinador meu, não posso nada, e o time vai jogar em uns estádios aí…”, criticou Sanchez.
“Tivemos de dormir num container no Chile (partida contra o Cobresal, em 2016). Mas, os clubes brasileiros não se unem mais. Fala que o Brasil não vai disputar para você vai ver como mudaria. Eu falei isso em 2010, 2011. Cada dia estamos com menos representatividade”.
Questionado se a ausência do Corinthians na Libertadores de 2019 compromete diretamente o caixa alvinegro, Andrés entende que não. “Financeiramente, não. Mas qualquer campeonato de primeira linha da América do Sul que o Corinthians não esteja participando é negativo. Não só pelo dinheiro. Mas quando digo que a Libertadores não é mais prioridade é porque depois que ganhamos não tenho mais essa obsessão”, completou.