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Ao Meu Timão, Fuller exalta torcida do Corinthians, relembra morte do pai e ainda sonha com NBA

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Em entrevista ao Meu Timão, Fuller falou sobre a paixão que tem pelo Corinthians e pela Fiel

Em entrevista ao Meu Timão, Fuller falou sobre a paixão que tem pelo Corinthians e pela Fiel

Luiz Pires/LNB

Aos 26 anos de idade, o ala-armador da equipe de basquete do Corinthians Kyle Alejandro Fuller Junior, ou "Zoom", como gosta de ser chamado, ganhou em pouco tempo o protagonismo na equipe do Parque São Jorge. Seu estilo de jogo e carisma fora das quadras conquistaram a Fiel.

O jogador recebeu a reportagem do Meu Timão após um dos últimos treinos do ano e falou sobre o peso de vestir a camisa da equipe que já foi liderada por Oscar Schmidt e Wlamir Marques. Fuller aproveitou para contar sobre seu fanatismo pela música brasileira e ainda detalhou como o basquete o ajudou a superar a morte de seu pai e manter vivo o sonho de ser um jogador.

Em pouco mais de 20 minutos de conversa, Fuller, que mistura inglês, espanhol e um pouco de português, falou sobre a importância de vestir a camisa do Corinthians. O jogador ainda disse ter se surpreendido com o apoio da torcida alvinegra até no basquete e rasgou elogios à Fiel.

''Eu amo (jogar no Corinthians). Ano passado, joguei no Paulistano e ganhei tudo. Fui MVP do Campeonato Paulista, ganhei o Paulista e ganhei o NBB, mas quando cheguei aqui não sabia o quão grande era a torcida do Corinthians. Sou estrangeiro e não sabia como a torcida ama o Corinthians. Não só no futebol, mas no basquete eles também podem falar ‘Eu sou Coringão’ e coisas assim. Quando cheguei, não sabia nada disso. Mas, depois, todo mundo falando pra mim ‘Vai, Corinthians’, ‘sangue preto e branco’ e eu falei 'nossa, isso é muito sério' (risos)", explicou o jogador.

"Jogar aqui no Corinthians é muito importante para todo mundo, é um privilégio e eu sou muito feliz de jogar pelo time do povo, porque eu sou povo também. Eu não tinha nada, cresci na favela no Peru e coisas assim. Eu amo jogar aqui e quero jogar pelo time do povo", completou.

Antes de chegar ao Timão nesta temporada, o ala atuou no basquete universitário nos Estados Unidos, na primeira divisão da Venezuela e na equipe do Paulistano. Fuller foi questionado se o peso da Fiel faz diferença dentro das quadras e garantiu que entre todas as equipes que jogou, a torcida do Corinthians é a que mais causa impacto no jogo.

''Causa muito impacto. Muito. Sabe por quê? Aqui se perder eles vão cobrar. As outras torcidas, eles não vão cobrar igual aqui. Todo mundo que torce para o Corinthians, torce para o Corinthians com sangue no olho, sabe? Eu treino todo dia, fico após o treino como agora, porque eu quero sempre fazer meu melhor em quadra para eles'', disse.

Confira abaixo outros assuntos comentados por Fuller durante a entrevista ao Meu Timão!

Lesão de Ricardo Fischer

No início de novembro, em partida contra o Flamengo, pelo NBB, o armador titular da equipe do Corinthians Ricardo Fischer acabou rompendo os ligamentos do joelho. A lesão tirou o jogador do restante da temporada e deve o manter fora de combate por cerca de cinco meses.

Fuller comentou como ele e o elenco receberam a notícia da grave lesão do jogador que ajudava a ditar o ritmo da equipe corinthiana na principal competição de basquete do país.

''Eu fiquei muito mal porque eu confio muito nele, ele é meu armador, ele que me passa a bola e sem ele estava muito difícil. Sempre falo pra ele: 'mano, que saudades'. Me sinto mal por ele também porque ele queria jogar aqui, esse é o time dele, mas agora temos outro armador que faz a mesma coisa que ele, vamos ver o que vai acontecer no segundo turno'', disse, já falando sobre a chegada de Luciano Parodi.

Luciano Parodi e segundo turno do NBB

Fuller e Parodi já estão entrosados dentro de quadra no Corinthians

Fuller e Parodi já estão entrosados dentro de quadra no Corinthians

Divulgação / Corinthians

Semanas após a confirmação da lesão de Fischer, o Corinthians se movimentou no mercado e anunciou a contratação do armador uruguaio Luciano Parodi. O ala-armador Fuller detalhou a adaptação do uruguaio ao basquete brasileiro e a construção do entrosamento na equipe corinthiana.

''Ele tem a mesma coisa que eu: nós jogamos igual. Ele sabe onde quero a bola, eu sei quando ele precisa da bola e ele sabe quando preciso da bola, e por isso nós combinamos muito bem", explicou.

Questionado se deu algum tipo de dica ao uruguaio em relação ao Corinthians e à Fiel, Fuller contou estar ajudando Parodi nesse início no Timão.

''Sim, eu ajudei, mas agora ele não sabe o quão grande é essa torcida, mas ele já sabe que se nós perdemos, nossa torcida cobra. Esse turno ele não conseguiu ver isso", disse.

"Eles nos incentivam para ganhar, porque quando a gente ganha é muito bom. Você pode andar na rua e gosto quando todo mundo grita: ‘Fuller, vai Corinthians, po***’ gosto disso, sabe? Estamos jogando bem e vamos surpreender, então faço uma promessa que nós vamos fazer nosso trabalho'', completou.

A promessa tem motivo: o Corinthians fechou o primeiro turno do Novo Basquete Brasil (NBB) com cinco vitórias e oito derrotas. Ocupando a nona posição na tabela de classificação da competição nacional, o Timão é dono de 38,5% de aproveitamento. Fuller fez um balanço do primeiro turno e projetou o Corinthians mais forte na segunda etapa do NBB.

''Eu acho que vamos fazer um segundo turno muito melhor. Quase ganhamos do Mogi, logo depois ganhamos do Bauru. Temos um time muito diferente, então, no segundo turno, todo mundo vai ver o que é o Corinthians porque vamos voltar com o foco total. Todo mundo vai ver nesse segundo turno, eu faço uma promessa, nós vamos voltar com o foco total, sério, nós vamos surpreender muita gente", ressaltou.

O cara do time!

Demonstrando muita humildade, o ala preferiu não destacar o rótulo de principal jogador do basquete do Corinthians.

"Pra mim é normal, não gosto de ficar pensando nisso. Todo mundo sabe o que preciso fazer em quadra. Só jogo, estou fazendo isso desde os meus três anos de idade, não penso, eles precisam que eu faça isso. Não penso em ninguém, só jogo meu jogo, e o que vai acontecer, vai acontecer. Acredito em Deus e faço meu trabalho. Não penso em mais nada e, quando faço isso, jogo bem e preciso seguir fazendo isso".

Reconhecimento e peso da Fiel

Fiel marca presença nos jogos do Corinthians no Parque São Jorge pelo NBB

Fiel marca presença nos jogos do Corinthians no Parque São Jorge pelo NBB

Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Como já citado acima, Fuller demonstrou muita admiração pela presença e apoio da Fiel ao time de basquete do Corinthians. De maneira bem humorada, o jogador confessou que a pressão da torcida alvinegra sobre os adversários acaba ajudando a equipe corinthiana em quadra.

"Eu gosto porque eles xingam, eu gosto muito. Eu não gosto quando outros times vêm aqui e fica tudo normal. Eu gosto quando a torcida do Corinthians xinga os outros, gosto quando eles cobram outros e pra mim é bom porque eles estão do nosso lado e então eles xingam, gritam pra eles, para nos ajudar", explicou.

O americano também falou sobre o reconhecimento por parte da torcida nas ruas. Fuller mora próximo ao Parque São Jorge, na Zona Leste de São Paulo. É lá que a equipe do Timão realiza seus treinamentos e seus jogos.

"Sempre quando estou vindo andando algum cara fala: ‘Fuller, quero sua camisa, vai Corinthians, car***’. E eu gosto muito! Porque gosto de pessoas, gosto de jogar com pessoas, de brincar com pessoas, então sempre gosto quando eles falam comigo. E eu falo: 'estou com você, vou jogar por você'. Sempre quando o Corinthians ganha, vejo outras pessoas falando isso, mas também quando a gente perdemos é tipo 'Zoom, o que foi?', e eu falo 'desculpa, mano' (risos)", contou.

Grato por esse apoio e reconhecimento, Fuller aproveitou que a conversa era com o Meu Timão, maior site de notícias do Corinthians, para mandar um recado direto para a Fiel.

''Aí torcida do Corinthians, meu nome é Zoom Fuller, jogo por vocês e sempre vou jogar por vocês. Nunca vou desistir nenhuma vez em quadra, mano, eu jogo pelo time do povo, maior time aqui do Brasil e vou deixar tudo em quadra, meu coração, meu corpo, minha alma, só para ganhar pra vocês e para meu futuro. Vamos lá, vamos juntos, vem aqui para os jogos para eu mostrar pra vocês como você pode jogar quando você joga pelo melhor time do Brasil", declarou.

Morte do pai e quase desistência do basquete

Com 26 anos, o americano naturalizado peruano já passou por momentos muito difíceis na vida. O mais marcante deles foi a morte do seu pai, em 2012, por conta de um câncer no pulmão. Visivelmente emocionado, Fuller relembrou a importância do pai no seu crescimento e, principalmente, na sua paixão pelo basquete.

''Eu e meu pai sempre jogávamos basquete. Quando tinha três anos, ele me comprou uma bola. Ficava o tempo todo batendo a bola e ele sabia que eu gostava disso. Todo dia estávamos praticando. Teve um dia que ele realmente percebeu que eu amava basquete. Quando ele foi dormir, eu, com seis anos, puxei ele da cama e falei: 'vamos jogar' e ele falou: 'esse cara quer jogar basquete mesmo' (risos). Ele queria jogar basquete, mas eu queria jogar muito mais. Sempre treinávamos, todos dias, treinava junto com ele", contou.

Fuller, que chegou a pensar em desistir do esporte, falou sobre o seu papel de "homem da casa" que precisou desempenhar após a morte do pai. Ele passou a ser o responsável pela mãe Olga e pelo irmão mais novo, Khalil. O jogador, inclusive, comemorou o fato do irmão já estar jogando no basquete universitário americano e ter conseguido seguir o caminho desejado pelo pai.

"Depois que ele faleceu, estava muito mal e queria parar com o basquete. Mas, olhei meu irmão e ele estava chorando e pensei: 'e agora, o que vou fazer? Agora sou o homem da casa e não posso parar, porque se eu parar e a vida dele for pra baixo, vai ser minha a culpa'".

"Segui jogando basquete e agora meu irmão está em uma universidade. Eu sempre pago todos os boletos para minha mãe, agora estou cuidando da minha família como meu pai cuidou antes. Estou com a cabeça muito boa e não quero mudar isso. Minha mãe vive nos Estados Unidos e meu irmão também, na Califórnia. Se formos para os playoffs, ele deve vir pela primeira vez ao Brasil'', contou.

A vida nos Estados Unidos e no Peru

Kyle Alejandro Fuller Junior nasceu em 27 de janeiro de 1992 em Compton, bairro pobre da Califórnia, nos Estados Unidos. Depois, por conta da sua mãe, foi morar no Peru. Hoje, com a vida estabilizada, o jogador relembrou como foi crescer em lugares com problemas de violência e drogas ao redor.

''Em Compton, estava muito mal. Eu tinha cinco, seis anos e via os caras com carros muito bonitos, relógios, mulheres, e quando você tem cinco anos e vê isso, você quer ter isso. Depois fui para o Peru e novamente estava na favela. Nunca vi um cara fazer uma coisa boa com a vida e também ter dinheiro. Então, esse cara está fazendo coisas boas e não tem nada, já esse cara está fazendo coisas ruins e tem tudo. Quando você está crescendo, você sempre que ir para o lado do cara que tem tudo. Graças a Deus tenho um pai que está aqui (aponta para a tatuagem no braço em homenagem ao falecido pai) e que falou pra mim: 'você não precisa disso, siga seu trabalho, siga com a cabeça boa, acredite em Deus e você vai ter chance'", lembrou.

O ala retornou ao Estados Unidos já mais adolescente para jogar basquete. Se destacou no Rancho Verde High School, em Moreno Valley, na Califórnia - até hoje é o jogador mais vitorioso da história do colégio. A atuação lhe rendeu diversas ofertas de universidades e Fuller optou por aceitar a de Vanderbilt, em Nashville.

"Depois disso voltamos para os EUA e não morei em Compton mais, morei em um lugar que se joga basquete. Jogando na rua é muito diferente de jogar na quadra, na rua não se apita falta, consegui jogar bem e meu nome estava crescendo. Eu poderia ir para qualquer universidade que eu quisesse, UCLA, Kentucky, mas fui para Vanderbilt. Quando meu pai faleceu, falei para meu irmão: 'estou fazendo uma vida muito correta, agora posso cuidar da minha família e você precisa fazer a mesma coisa que eu'", disse.

O que faltou para atuar na NBA?

Depois de quatro anos atuando no basquete universitário e colecionando bons números, Fuller ficou perto de atuar pela maior liga de basquete do mundo, a NBA. Na ocasião, outros nomes foram escolhidos, mas o jogador disse existir interesse de equipes e que ainda mantém vivo o sonho de jogar na NBA.

''Fiquei perto do jogar na NBA. Agora, para mim, o que foi não sei, sério, porque eu joguei igual o que estou jogando agora. Muitos times têm um jogador que faz a mesma coisa que você, então muitas vezes eles precisam de uma coisa (específica) de você. Naquele tempo, quando eu queria ir para NBA, as equipes que gostaram de mim já tinham algum cara que tinha mais experiencia e eu não fiz um contrato porque eles gostavam desses caras", explicou.

"Agora tem outros times que gostam de mim, mas agora quero não pensar neles. Quero pensar neles só depois da temporada. Só quero pensar no Corinthians, na torcida do Corinthians, no meu futuro, como falei antes, estou fazendo a mesma coisa''.

''Joguei contra John Wall (armador do Washington Wizards) e Kemba Walker (armador do Charlotte Hornets). Eu sei que tenho talento para jogar lá também, mas não posso pensar nisso porque estou jogando aqui e só vou pensar nessas coisas depois da temporada'', completou.

Adaptação ao basquete brasileiro e experiência na Venezuela

Depois de atuar duas temporadas no Paulistano, Fuller está em sua primeira com o Corinthians. Com passagens também pelo basquete venezuelano, o ala-armador se diz totalmente adaptado ao esporte brasileiro. Ele também pontuou as diferenças apresentadas em quadra aqui no Brasil, como a atuação da arbitragem.

''Estou 100% adaptado. Sei quando a arbitragem vai apitar, quando eles não vão apitar falta e fico bravo quando eles não apitam. Pra mim jogar no Brasil é forte, você precisa fazer sua academia, ficar com a cabeça muito forte. Jogando contra caras como Alex Garcia, Gui Deodato, Yago, caras assim, você precisa ficar com a cabeça forte porque a arbitragem não vai apitar nada e eles defendem muito bem. Você precisa ir lá, fazer seu trabalho, fazer academia para eles não pegarem você, porque a arbitragem não vai apitar tudo", explicou.

O jogador ainda falou sobre o basquete venezuelano, onde atuou antes de vir ao Brasil, e sobre vestir a camisa da seleção do Peru - ele é naturalizado por sua mãe ter nascido no país.

''Jogar na Venezuela é muito diferente. É muito mais lento que aqui. No Brasil, todo mundo corre, aqui não se apita falta. Jogar com a seleção do Peru foi uma coisa muito boa pra mim. Foi um sonho porque minha mãe é peruana e eu cresci no Peru também. Jogar pelo meu país é uma coisa que ninguém pode tirar de mim", explicou.

A seleção do Peru está fora da disputa do Mundial de Basquete, que será disputado entre agosto e setembro de 2019, na China. Por isso, o armador do Corinthians disse que vai estar com o coração dividido na competição.

''O Peru não vai estar lá, então sim, vou torcer para o Brasil...espera aí, os Estados Unidos vai estar, né? Então vou torcedor para os dois, tenho muitos amigos no Brasil e lá nos EUA", finalizou.

A paixão no Brasil: o funk

Questionado sobre o que gosta de fazer no Brasil, Fuller não pensou duas vezes: dançar funk. O americano ressaltou o que gosta na música brasileira e mostrou que conhece do assunto.

''Se eu gosto de música? Gosto muito de funk. Gosto muito. Gosto muito da dança, de como as mulheres dançam funk, também de como os homens dançam. Curto Mc Don Juan, MC Kevinho, MC Kekel, conheço muito. Também gosto muito de sertanejo, aprendi dançar isso agora graças a Deus, enfim, gosto de música brasileira. Pagode não gosto muito, samba mais ou menos, é porque não sei como dançar isso, não sei como as mulheres conseguem fazer aquilo com os pés, mas gosto de funk, como os homens dançam e como as mulheres dançam'', finalizou.

Com o período sem jogos pelo NBB, Fuller vai viajar para os Estados Unidos e passar o feriado de Natal com a família. Ele retorna ao Brasil ainda em 2018 para prosseguir os treinamentos pensando no próximo ano e no segundo turno da competição nacional.

Veja mais em: Basquete e Especiais do Meu Timão.

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