Andrés Sanchez atualiza dívida da Arena Corinthians com BNDES e cita 'atrasos de R$ 200 milhões'
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Por Meu Timão
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, deu declarações em tese atualizadas sobre as contas do clube para o pagamento da Arena. Os R$ 400 milhões que foram emprestados pela Caixa Econômica Federal via BNDES hoje estão na casa de R$ 480 milhões.
"O Corinthians deve realmente R$ 400 milhões, na época pré-Copa, para Caixa e BNDES. Hoje na casa de R$ 470 milhões, R$ 480 milhões (corrigidos por juros). E pela prefeitura não ter comprado os CIDs, não ter liberado os overlays, ter atrasado os CIDs... Tudo isso acarretou quase R$ 200 milhões a mais de dívida", relatou o mandatário corinthiano, em entrevista concedida nesta sexta-feira ao canal de televisão BandSports.
Os CIDs, ou Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, foram assunto aqui no Meu Timão em reportagem publicada semana passada. Na ocasião, foram mostrados documentos do fundo imobiliário que administra as contas do estádio. Neles, constava um abatimento de R$ 260 milhões em dívida com a Odebrecht. Conforme apurado, tal valor diz respeito a repasse de CIDs alinhado ao pagamento da dívida corinthiana com a Odebrecht.
Sem tocar no assunto sobre os R$ 260 milhões abatidos, Andrés prometeu acertar as contas da Arena Corinthians para que o Timão, no fim das contas, fique responsável apenas pelo pagamento dos tais R$ 400 milhões de empréstimo do BNDES.
"Os CIDs são baseados numa lei que existe desde 2003. Todo empreendimento na Zona Leste tem incentivo de até 60% de impostos municipais, ISS e IPTU, como o shopping (de Itaquera) teve e outras empresas tiveram. O Corinthians vai acertar. Estamos renegociando com todo mundo para o Corinthians assumir realmente o que é a parte dele, os R$ 400 milhões", argumentou o presidente alvinegro.
Ainda sobre a dívida da Arena Corinthians, Andrés Sanchez discorreu sobre a ausência de renda de bilheteria hoje no orçamento do clube, já que o valor vai integralmente para o fundo do estádio. O presidente deu de ombros e projetou a receita para quando o estádio for pago.
"Daqui 6, 5, 2, 4 anos... Quando pagar, toda essa renda vai para o Corinthians. Quem administra o estádio é o Corinthians. Quem decide lá é o Corinthians. Mas é que nem comprar uma casa financiada. Tem que pagar", declarou.