Tobias vira modelo em ensaio de fotos da nova camisa 3 do Timão e se emociona ao lembrar de 1976
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Por Vitor Chicarolli, no Parque São Jorge
Tobias com a nova camisa três do Corinthians
Divulgação / Nike
A nova camisa 3 do Corinthians, lançada nessa sexta-feira, estampa um dos momentos mais marcantes da história do clube: a invasão da torcida alvinegra ao Maracanã, na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense. Na ocasião, mais de 70 mil torcedores deixaram a cidade de São Paulo e partiram rumo à capital carioca para acompanhar a partida.
Sendo assim, o ex-goleiro Tobias, protagonista no confronto decisivo no Rio de Janeiro em 1976, foi convidado pelo clube para participar da sessão de fotos do novo manto alvinegro no Parque São Jorge. O ídolo corinthiano, depois de viver tarde de modelo, ainda conversou com a reportagem do Meu Timão, que acompanhou os bastidores da ação organizada pela Nike.
"Vocês não imaginam o quanto essa homenagem vai ficar eternamente guardada comigo. Fazer um trabalho desses, proporcionar isso para mim, fazer parte dessa história e receber tal reconhecimento vai ficar comigo por toda minha vida. Fico muito, mas muito feliz mesmo, de ser escolhido para representar os jogadores daquela época", resumiu.
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O Corinthians passava por um dos momentos mais difíceis de sua história em 1976. Até então, eram 22 anos sem um título sequer conquistado pelo clube. Nada que impediu a Fiel invadir o Maracanã naquele ano. Com isso, Tobias fez questão de ressaltar o tamanho do feito inesquecível proporcionado pela torcida corinthiana.
"A torcida do Corinthians era a maioria naquele jogo. Você sair de São Paulo e ir para o Rio de Janeiro... São mais de 500 quilômetros garantidos. É diferente de uma viagem pelo continente europeu, como por exemplo de Portugal a Paris, que de carro da pouco mais de 1h. Mas levar 90 mil pessoas para o Maracanã naquela época foi de assustar. É só o Corinthians. Jamais na história do futebol vai acontecer algo parecido. Não há como. Eu tive o privilegio de viver esse acontecimento", expôs o ídolo do Timão.
Divulgação / Nike
Vale ressaltar que a partida terminou empatada por 1 a 1 e o Timão assegurou vaga na finalíssima nas penalidades. Foi ai que Tobias, sob forte chuva, brilhou e defendeu três cobranças da equipe carioca.
"É um privilegio maior ainda de estar lá no Maracanã com mais de 150 mil pessoas, em um jogo duríssimo contra o Fluminense e um time melhor. Mas choveu e acabou ficando tudo igual. O jogo terminou 1 a 1 e foi para os pênaltis. Sabe o que é bater um pênalti com 150 mil pessoas? Goleiros não tem muitas responsabilidades nas penalidades. Mas fui lá, com tranquilidade, com a imensa torcida alvinegra atrás, e coloquei como objetivo pegar apenas um. Só que dei azar, defendi três cobranças (risos). Pegar três penalidades com uma quantidade de torcedores absurda no estádio é algo que representa muito para mim e para todos jogadores. Vai ficar marcado eternamente na minha vida", completou.
Apesar de ser um duelo histórico, Tobias não classifica essa partida diante do Fluminense como o principal momento de sua carreira. De acordo com o ex-jogador, nada irá superar o título paulista de 1977 e o fim de um jejum de títulos que durava mais de 23 anos.
"Foi um dos principais momentos da minha vida. Isso porque ali, claro que dependia dos batedores, mas sabia que poderia dar uma confiança maior aos meus companheiros de equipe. Agora, marcou demais. Sai como herói do Maracanã e vai ficar eternizado na memória de todo torcedor corinthiano. Mas o que mais me marcou foi o título de 1977, no ano seguinte. Essa foi a maior conquista para mim, com todo respeito aos outros títulos. Foi algo que parou o Brasil", concluiu.
