Em alta, Crivelari pede mais títulos em 2020 e vibra com desempenho individual na temporada
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Por Vitor Chicarolli, no Parque São Jorge
Reforço do Corinthians para 2019, Giovanna Crivelari viveu uma temporada pra lá de especial. Se já não bastasse os títulos da Libertadores e do Paulistão, a atacante teve participações marcantes em decisões e foi uma das protagonistas do time feminino do Parque São Jorge nesse ano.
Em entrevista ao Meu Timão, a camisa 19 não escondeu a euforia com as recentes conquistas, disse que a final do Paulista foi o melhor jogo do Timão na temporada e contou detalhes da preparação da equipe alvinegra para atuar numa Arena Corinthians lotada.
"Primeiro a gente já falou do barulho. Que não íamos conseguir nos ouvir, para comunicarmos por gesto. E realmente, ninguém conseguiu ouvir ninguém, não dá para ouvir nada, torcida sensacional. Acho que fizemos nosso trabalho, foi um dos melhores jogos nossos no ano e fechamos essa temporada muito bem", expôs.
Diferente do duelo de ida pela decisão do Paulistão e também da finalíssima da Libertadores, Crivelari não balançou as redes no último domingo, quando o Corinthians bateu o São Paulo por 3 a 0 e faturou o título.
No entanto, ela foi eleita a melhor jogadora em campo pelos leitores do Meu Timão. Assim, além de sorrir com as excelentes avaliações da Fiel, a corinthiana também destacou a ótima temporada individual e até falou de Seleção Brasileira.
"Quando vi que fui eleita a melhor do jogo no Meu Timão fiquei muito feliz, muito mesmo. Eu não fiz gol, mas fiz uma boa partida, ajudei o time a sair com a vitória e mais um título. É continuar crescendo, buscar a Seleção, trabalhar para isso e para fazer uma boa próxima temporada", contou.
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Questionada sobre a rápida adaptação aos diversos cenários enfrentados pelo Timão nessa reta final de temporada, Giovanna lembrou da preparação do plantel para a disputa da Libertadores, que contou com uma altitude de 2.850 metros de Quito, no Equador, e também falou da diferença do gramado da Arena para o Parque São Jorge - local onde o feminino costuma realizar seus jogos.
"A gente se preparou para a Libertadores, altitude, mas chegando lá parecia que a gente não sabia jogar bola, bem ruim. Na volta foi melhor, tirando o cansaço, mas foi bem mais tranquilo. Na Arena totalmente diferente, um campo bom, rápido, que a gente gosta de jogar, pelo nosso estilo de jogo. Treinamos uma vez lá, a adaptação foi boa e o jogo também", disse.
Mesmo com três finais em três torneios disputados em 2019, ela lamentou o vice-campeonato no Brasileirão e projetou um ano de 2020 ainda mais vitorioso.
"Ano que vem vai ser ainda melhor. Infelizmente o Brasileiro não veio, foi por pouco. Seria muito especial ganhar os três esse ano, ganhamos dois, mas então ano que vem vamos ser obrigadas a ganhar os três (risos)", comentou.
Ao contrário do que alguns telespectadores relatam, vale destacar, o nível técnico do futebol feminino no Brasil vem evoluindo com o passar dos anos.
"Há sim times bons. O São Paulo é forte, times da Libertadores também, Ferroviária inclusive, têm bons técnicos, mas o nosso trabalho também, nosso professor, e nosso estilo de jogo, ficar com a bola, jogar bem, jogar bonito".
E a relação com o Sub-17 do Corinthians Feminino?
A base do futebol feminino do Corinthians se encontra na semifinal do Campeonato Paulista Sub-17. As jovens alvinegras, porém, perderam para o Santos por 1 a 0 no primeiro encontro pela fase que antecede a grande final.
"A gente encontra elas por aqui, teve o jogo contra o Santos , passei aqui, falei com elas. Somos a inspiração delas, então a gente tem sim que manter esse contato, é legal", disse.
Crivelari, inclusive, também revelou em quem ela se inspirou no início da carreira.
"No começo Marta e Cris foram minhas inspirações, joguei com a Marta, com a Cris lá no Santos", concluiu.