Em nota oficial, Corinthians cita excesso de burocracia e contesta valores cobrados por MP-SP
12 mil visualizações 102 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Na manhã desta terça-feira, a reportagem do Meu Timão publicou que o Ministério Público de São Paulo triplicou o valor pedido ao Corinthians pelo não cumprimento de um acordo relacionado ao terreno da Arena, em maio de 2011. Com juros e correção, a multa de R$ 12 milhões saltou para quase R$ 40 milhões.
Logo após a publicação da reportagem, o clube do Parque São Jorge emitiu nota oficial para contestar os valores cobrados em juros. Consequentemente, o Timão também explicou que teve parte de suas ações desconsideradas pela prefeitura e citou o excesso de burocracia para a demora nas definições das contrapartidas.
Leia também: Arena Corinthians: MP-SP triplica valor cobrado do clube por acordo não cumprido após oito anos
"O Sport Club Corinthians Paulista informa que por ocasião das definições das contrapartidas sociais pretendia que fossem consideradas as diversas ações que realiza e nas quais passou a investir ainda mais, casos de Sangue Corinthiano (doação de sangue), Hamburgada do Bem, Outubro Rosa, Novembro Azul, Um Dia de Corinthians (visita semanal de crianças carentes ao clube e à Arena) e alfabetização de colaboradores, entre outras" - veja abaixo a nota na íntegra.
Cabe destacar que o pedido de majoração foi feito em fevereiro e ainda não teve apreciação do juiz Randolfo Ferraz de Campos, responsável pela 14ª Vara da Fazenda Pública. Pelo surto do coronavírus, o poder judiciário trabalha de forma remota, com boa parte de audiências e prazos suspensos pela pandemia.
Confira nota oficial na íntegra
"O Sport Club Corinthians Paulista informa que por ocasião das definições das contrapartidas sociais pretendia que fossem consideradas as diversas ações que realiza e nas quais passou a investir ainda mais, casos de Sangue Corinthiano (doação de sangue), Hamburgada do Bem, Outubro Rosa, Novembro Azul, Um Dia de Corinthians (visita semanal de crianças carentes ao clube e à Arena) e alfabetização de colaboradores, entre outras. Porém a Prefeitura de São Paulo discordou e passou a considerar apenas obras físicas decorrentes de construção física, como creches e escolas sem, entretanto, orientar o clube sobre que o que deveria ser construído, além de demorar dois anos para liberar a utilização do terreno. Sendo assim, o clube não concorda com os juros atribuídos a um suposto atraso ao qual não deu causa, uma vez que a Prefeitura não definiu a tempo o que e onde deveria ser feita a respectiva creche, o que ocorreu apenas depois de inúmeras tratativas entre o clube e o executivo municipal, verdadeiro responsável pelo atraso. Não é justo que o clube seja penalizado pela burocracia existente nesse tipo de processo na esfera municipal."