Gobbi diz que aceita voltar ao Corinthians e oposição define estratégias para reduzir dívidas
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Por Meu Timão
Mesmo com a nova eleição presidencial marcada para novembro, os bastidores políticos do Corinthians já estão superaquecidos neste primeiro semestre de 2020. Nesta segunda-feira, Mário Gobbi, ex-presidente alvinegro, sinalizou que deve concorrer novamente à presidência do Timão.
Mandatário do Corinthians de 2012 a 2015, ele surge como o nome mais forte da oposição. Conforme adiantado pelo próprio, seu objetivo será fazer uma gestão "técnica" e não política, como vem acontecendo nos últimos anos.
O anúncio de Gobbi aconteceu durante uma live no Facebook do Movimento Corinthians Grande, ao lado do advogado Felipe Ezabella e também do ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (veja abaixo vídeo com "segredo" compartilhado pelo rubro-negro ao Timão). Mesmo sem ter oficializado a campanha, o corinthiano deu indícios do que pretende implantar no clube.
"O Corinthians não aguenta mais gestão política, precisa de gestão técnica. Tive problemas seríssimos diretores, perdi muito tempo apaziguando diretores. Se dou o cargo para três líderes de três grupos diferentes, no dia seguinte da posse, vai ficar insuportável controlar os três. E o Corinthians não suporta mais isso, o Corinthians está passando por um problema de dirigentes que se preocupam com cargos. Não participo de grupo nenhum. Quero fazer uma gestão financeira e dar credibilidade ao clube, sem política", detalhou.
"Na gestão passada, o Corinthians gritava por títulos e isso conseguimos alcançar. Essa gestão, o Corinthians precisa de gestão administrativa e credibilidade. Essa é a prioridade. Vamos cortar e sanear as finanças, para que o Corinthians volte a ser protagonista para sempre. O clube precisa voltar a ser protagonista e não para os próximos anos, para sempre. Daqui a três anos, deixo o clube para que os outros toquem e não tirem mais da linha do trem. Só isso. Escolha de diretores será minha, pessoal. Do perfil que eu entendo que seja imprescindível. Discutir plano de gestão, eu e nós estamos abertos. Cargos, eu escolho", completou.
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Além de liderar o Movimento Corinthians Grande, Gobbi também se mostra muito bem aceito por sócios e conselheiros do clube. Não à toa, admitiu ser bem aceito por outros grupos dentro do Parque São Jorge, que pedem para ser, de fato, o candidato mais forte da oposição.
"Eu aceito voltar. Faz alguns meses que me procuram e pedem para eu voltar. Eu consultei duas pessoas que achava que poderiam ser presidentes, ambas não podem. Então, me pediram para eu ser. Além do pedido de sócios e conselheiros. Aí procurei ouvir pessoas que profissionalizem questões técnicas. Contratar profissionais para nos dizer uma saída para situação financeira do Corinthians. Estamos fazendo isso desde janeiro. Os membros dos demais grupos de oposição acenaram que também eu deveria sair. Nos reunimos com todos eles. Fui um presidente vitorioso, ganhei todos os títulos que o Corinthians não tinha, sou um homem realizado no Corinthians", esclareceu.
Não bastasse as declarações do ex-mandatário corinthiano acima, cabe destacar, Felipe Ezabella também sinalizou que Mário Gobbi deve mesmo ser o candidato (do Movimento Corinthians Grande).
"É Gobbi ou nada", pontuou.
Vale ressaltar que o grupo Renovação e Transparência, da situação, ainda não definiu quem será o seu representante. O nome de Duílio Monteiro Alves, atual diretor de futebol, desponta como um dos favoritos.