A trajetória de Fábio Carille no Corinthians conta com feitos memoráveis. Não bastasse títulos expressivos como auxiliar técnico, o profissional também ficou conhecido por grandes conquistas como treinador do clube do Parque São Jorge. E nesta segunda-feira, ele definiu sua taça mais importante pelo Timão.

Desde que assumiu o elenco principal, Carille conquistou quatro títulos. Na sua opinião, portanto, o Campeonato Paulista de 2017 foi o mais emblemático, já que era sua temporada de estreia e poucos acreditavam no Corinthians.

"Todos os títulos tem história diferentes, mas para mim o mais importante foi o Paulista de 2017. Depois que vencemos a Ponte Preta por 3 a 0, no primeiro jogo da final, eu fiquei emocionado. Sei da importância do Paulistão, estava presente em 1977, por isso fico com esse Estadual. Mas sei que o torcedor não fala dos títulos de 2017 e de 2019, eles falam do Palmeiras em 2018. Isso sempre será lembrado. Palmeiras muito bem treinado, com um baita time e dentro do seu estádio. Esse feito será lembrado para sempre. Em 2019 errei em alguns momentos, mas mesmo assim conseguimos ser coroados pelo título no final. Cada um tem seu momento, mas o que ficou marcado para mim foi em 2017", detalhou durante uma live no Instagram.

"Justamente por todas essas desconfianças, eu não imaginava aquele desempenho em 2017. O campeonato foi rolando e aquele Dérbi que teve a expulsão errada foi determinante para nós e também para o torcedor. Durante a temporada fomos ganhando força e vendo que daria para brigar. Foi um mês de pré-temporada em 2017, tivemos tempo para trabalhar e não foi aquela correria de 20 dias", completou.

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

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Poucos meses depois de vencer a Ponte Preta e conquistar seu primeiro estadual, Carille viu sua equipe embalar e fazer um primeiro turno histórico no Campeonato Brasileiro de 2017, sem uma derrota sequer. No entanto, o Timão caiu de produção na segunda parte da competição e por pouco não foi ultrapassado pelo rival Palmeiras na tabela de classificação.

Questionado sobre a situação, Carille explicou que sondagens de clubes europeus atrapalharam o desempenho dos jogadores dentro de campo durante a campanha do heptacampeonato nacional.

"Eu sei o que aconteceu no segundo turno, eu sei. Fizemos um Campeonato Paulista muito bom, assim como o primeiro turno de 2017. Quando terminou o primeiro turno, muitos jogadores nossos começaram a ser assediados, como Jô, Arana, Balbuena, Maycon e Pablo... Perdemos um pouco do foco por isso. É natural, é do ser humano que começa a pensar no futuro. É normal", pontuou.

"Os trabalhos continuaram intensos e de muita qualidade, mas perdemos muito a concentração. Na hora que apertou, o grupo deu a resposta. Foram quatro vitórias seguidas até vencer o Fluminense e confirmar o título. Não foi nada de relaxamento e falta de treino, foi que o negócio se perdeu um pouco naturalmente. Na época eu não sabia o porque, mas lá na frente eu fui entender o quanto essas questões mexem com os atletas. É natural", encerrou.

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