Ídolo de rival valoriza Sócrates, mas contesta Democracia Corinthiana por conversa com Leão
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Por Meu Timão
Muito elogiado por tudo que fez dentro das quatro linhas, Sócrates também é lembrado por questões extracampo, que rendem respeito até mesmo em torcedores rivais. Uma nova prova disso foi dada nesta sexta-feira. Ídolo e atualmente diretor do São Paulo, o uruguaio Diego Lugano rasgou elogios ao ex-jogador do Corinthians.
"O Corinthians é meu maior rival aqui (no Brasil), mas Sócrates era um fenômeno, uma besta como jogador. Foi um momento muito particular da sociedade brasileira. Ele tinha uma forma de se expressar, um carisma e uma preocupação social notável", disse ao GloboEsporte.com, se referindo à Democracia Corinthiana.
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Sobre o movimento que marcou a década de 80 do Timão, porém, Lugano fez algumas ressalvas. Apesar de destacar a importância do ideal da equipe formada por Wladimir, Sócrates, Casagrande e outros nomes, o uruguaio destacou o ponto de vista de Emerson Leão, que costuma contestar o período.
"Eu também escutei Emerson Leão, uma personalidade forte, que era parte da Democracia. Disse que era muito linda a Democracia Corinthiana, mas que não o deixavam treinar", pontuou.
"É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar, e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária", concluiu.
A Democracia Corinthiana, vale lembrar, mudou a realidade do clube, encerrando a obrigatoriedade de concentração na época e dando voz a todo o elenco na hora de tomar decisões. Fora do âmbito do futebol, o movimento foi importante na luta pelas eleições diretas no país, que vivia Ditadura Militar.