Título do Corinthians em 1998 marcou era do time que ganhava jogando bonito
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Por Tomás Rosolino
O torcedor do Corinthians vai poder relembrar um dos times que melhor jogou futebol nos seus 110 anos de história na tarde deste domingo, a partir das 14h (de Brasília), quando a TV Bandeirantes vai reprisar o terceiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1998. A decisão, entre o Timão e o Cruzeiro, coroou um time que encantava até os rivais pelo nível de apresentação e o Meu Timão traz uma série de matérias sobre aquele título.
Hoje heptacampeão e já acostumadíssimo a levantar taças nacionais, o clube do Parque São Jorge chegou àquela decisão em cenários muito diferentes dos que se apresentaram nas conquistas anteriores desse tipo.
Em 1990, no primeiro Brasileiro, a equipe se notabilizou pela competitividade. Avançou ao mata-mata na sétima colocação e fez a parte eliminatória vencendo como mandante e segurando um empate como visitante, até derrotar o favorito São Paulo com dois 1 a 0, na grande final.
O time liderado por Ronaldo e Neto pavimentou caminho para o de 1995, campeão da Copa do Brasil. Ainda que já com Marcelinho Carioca, o grande craque do bicampeonato brasileiro, aquele time também pesava mais para a competitividade, com Zé Elias e Bernardo no meio e uma dupla de ataque formada no Terrão (Marques e Viola).
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Já em 1998, com o aporte financeiro do Banco Excel, o Timão era puro encanto jogando futebol. Líder na fase de classificação, reuniu o melhor ataque do torneio, (46 gols marcados, mesmo número do vice Palmeiras) à sétima defesa, conseguindo como resultado jogos imprevisíveis.
Goleadas como 5 a 1 no Atlético-MG, em pleno Mineirão, eram construídas naturalmente. Um retrato mais fiel daquele time, no entanto foi um 5 a 4 diante da Ponte Preta, quando o Timão chegou a abrir 5 a 1 no Moisés Lucarelli e, numa mistura de relaxamento e soberba, viu os donos da casa quase empatarem.
A confiança na capacidade individual de Gamarra, Sylvinho, Vampeta, Rincón, Ricardinho, Edilson e Luizão, liderados por Marcelinho, foi o maior marco deixado por aquela equipe. Tanto nessa edição do Brasileiro quanto na seguinte, o Timão se viu em meio a alguns apuros, mas sempre passou a impressão de que sairia deles ao seu torcedor.
Depois da fase de classificação, por exemplo, esteve em situação complicada tanto diante do Grêmio quanto do Santos. Nas quartas, contra os gaúchos, venceu o primeiro jogo no Sul e perdeu no Pacaembu. Na decisiva, porém, venceu por 1 a 0, gol de Edilson, conseguindo controlar o adversário.
Na semi, perdeu de virada na Vila e ganhou tranquilo o segundo jogo, em casa. No terceiro duelo, saiu atrás e perdia até o lateral direito Índio, de maneira improvável, fazer grande jogada para um belo gol de Edilson, assegurando a classificação para a decisão.
Já na final, mais um pequeno apuro: o Cruzeiro abriu 2 a 0 no primeiro jogo, no Mineirão, mas o Timão empatou rapidamente no segundo tempo. O 2 a 2 mostrou a capacidade individual daquele time, mas pareceu relaxar para a disputa seguinte. Apesar do domínio no Morumbi, empate por 1 a 1, a segunda partida.
Na terceira eliminatória, domínio corinthiano e triunfo justo por 2 a 0, para deleite de Galvão Bueno na narração. "É o futebol brasileiro que volta a ter uma tendência ofensiva que a gente gosta, que a gente curte muito", relatou o narrador na Globo durante aquele triunfo.