Peça importante do título brasileiro do Corinthians em 2017, Guilherme Arana é motivo de saudades para a Fiel. Agora destaque no Atlético Mineiro, o lateral relembrou seu início difícil no Parque São Jorge, com dura rotina de transporte para comparecer aos treinos.

"Lá no começo, acordava cedo para ir para a escola, estudava, depois saía da escola, pegava três ônibus (apenas de ida) cansado e ia treinar de tarde no campo e depois treinava no futsal. Eu acordava 6h e chegava em casa 2h, era muito longe a distância", lembrou, em entrevista ao Super FC.

"Eu entrei na base do Corinthians com oito anos, no futsal, depois de passar numa peneira após chamar atenção num amistoso do Corinthians com o Juventus da Mocca. O treinador do futsal do Corinthians era o mesmo do campo, mas no campo só começa com 10 anos. Fiquei treinando no campo com o pessoal mais velho e jogando no futsal até dar a idade. Fiz a minha base inteira no Corinthians. Comecei a me destacar no sub-17, mas pulei muita idade. Joguei minha primeira Copa São Paulo (de Futebol Júnior) com 16 anos", completou.

Antes de se destacar no Sub-17 e posteriormente no profissional, porém, Arana chegou a flertar com o adeus ao Parque São Jorge. Isso porque um técnico lhe deu uma espécie de ultimato quando ele ainda estava no Sub-15.

"A gente ia disputar a Copa Votorantim. O treinador me chamou na frente de todo mundo e disse que seria minha última oportunidade e que, se eu não fosse bem, nem precisava voltar para treinar mais. Eu tinha 15 anos e voltei pra casa muito chateado. Me senti muito mal. Foi um dos períodos mais difíceis. Mas eu fui para esse campeonato, fui o melhor lateral, ele até me pediu desculpas", concluiu.

No profissional entre 2015 e 2017, Arana fez 87 partidas pelo Corinthians e marcou quatro gols. Além do Brasileiro de 2017, onde foi titular, também participou da campanha campeã nacional de 2015 e do Paulistão de 2017.

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