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Corinthians acerta com primeiro treinador europeu 'gringo' da sua história; entenda
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Por Tomás Rosolino
Vítor Pereira celebra o título português de 2013 pelo Porto
Fernando Veludo/AFP/Getty Images
Vítor Pereira será o segundo treinador oficialmente europeu da história do Corinthians, mas o primeiro realmente a mudar de outro continente para trabalhar no Timão. A constatação se faz necessária ao se lembrar a história de Jorge Gomes de Lima, o Joreca, primeiro técnico nascido em Portugal a defender o clube do Parque São Jorge.
Apesar de ter nascido em Lisboa, capital de Portugal, Joreca veio ao Brasil ainda criança no final da década de 10 - um movimento comum para residentes europeus naquela época -, com a sua família se estabelecendo na cidade de São Paulo.
Dessa forma, apesar da nacionalidade e do passaporte, ele foi um brasileiro como praticamente qualquer outro habitante da principal metrópole do país. Educado em colégios paulistanos, chegou a ser jornalista e radialista antes de se formar em educação física pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (SP).
Joreca estava tão integrado ao dia a dia do Brasil que ninguém o cita como treinador estrangeiro da Seleção Brasileira mesmo ele tendo exercido o cargo em 1943 em dois amistosos, ao lado de Flávio Costa.
O caso de Joreca, um "português brasileiro", se aplica a outros nomes da história corinthiana que tinham nacionalidade estrangeira, mas mudaram-se cedo para o Brasil e viveram a vida quase toda como brasileiros. Na segunda década do século passado, por exemplo, dezenas de imigrantes e filhos de imigrantes italianos defenderam o Corinthians.
Vítor Pereira é ainda o décimo treinador estrangeiro a comandar o Timão na história. Dois deles ocuparam o cargo neste século: Darío Pereyra, uruguaio, em 2001, e Daniel Passarela, argentino, em 2005.
