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Arthur Elias vê 2022 desafiador para o Corinthians e responde declaração de Pia sobre Tamires

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Por Meu Timão

Arthur Elias iniciou a temporada 2022 com o título da Supercopa Feminina; elenco ainda disputa Brasileiro, Paulista e Libertadores

Arthur Elias iniciou a temporada 2022 com o título da Supercopa Feminina; elenco ainda disputa Brasileiro, Paulista e Libertadores

Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Após iniciar a temporada 2022 com o título da Supercopa Feminina, o Corinthians agora se prepara para a segunda competição do ano: o Brasileirão. Depois disso, ainda terá o Paulista e a Libertadores. Para o treinador Arthur Elias, a equipe alvinegra vai sofrer mais nessa nova temporada do que nas últimas.

"Eu tenho uma convicção que a gente vai sofrer bastante esse ano, essa competitividade. Acho que vamos sofrer nesse período antes do mata-mata porque fizemos uma mudança significativa esse ano e estou tranquilo e preparado para a gente passar junto com o grupo essas dificuldades. Tirar boas lições para a gente chegar tão forte quanto os outros anos. É esperado sim. Se um dia a gente perder não vai ter mudança nenhuma aqui no nosso trabalho", disse Arthur Elias em entrevista ao blog Dona do Campinho, do GE.

"A gente sabe disso. A gente sabe que para os adversários, além de querer ganhar o campeonato, tem essa questão de bater nossa equipe. A gente nunca encontra facilidade. A gente ganhou esses campeonatos todos no momento mais competitivo do futebol feminino aqui. Não era esperado ter uma equipe que despontasse tanto nesse momento mais competitivo, mas com mérito e competência a gente conseguiu fazer isso nesses últimos anos e vai ficar cada vez mais difícil. Mas a gente não pensa isso para preparação de jogo. A gente prepara fazendo o melhor cada dia e pensando em jogo a jogo", seguiu.

"Como eu disse que fiz na Supercopa, eu faço no primeiro semestre, fiz isso todos os anos. Vou dando rodagem, tirando respostas que tenho que ter do meu elenco para chegar em um momento mata mata com uma equipe muito encorpada para que todas estejam disponíveis em todos os aspectos. Não chegar a um desgaste físico e mental muito grande, chegar bem para esse momento e taticamente a gente ter desenvolvido ao longo desses jogos de primeira fase, primeiro semestre desenvolvido para a gente chegar no mata-mata muito forte. Essa é a nossa estratégia. Sempre foi e vai continuar sendo", completou Arthur Elias.

O treinador, inclusive, "perdeu" cinco jogadoras em parte da preparação para o campeonato nacional. Liana Salazar foi convocada para a seleção colombiana, enquanto Tarciane teve um período de treinos com a Seleção Sub-20 e Lelê, Adriana e Tamires disputaram o Torneio da França com a principal. No jogo contra as donas da casa, inclusive, a técnica Pia Sundhage deu uma declaração que incomodou o treinador do Corinthians.

Na ocasião, após a derrota por 2 a 1 para a França, Pia afirmou que a competitividade nas ligas europeias são maiores do que no Brasil. Para exemplificar, a treinadora citou Tamires e afirmou que, "se ela tivesse esse tipo de jogos toda vez, com certeza ela elevaria o nível". O comentário foi respondido por Arthur Elias.

"Uma coisa que eu acho perigoso nessa declaração, não só na declaração da Pia, mas de outras pessoas que falam dessa maneira e a repercussão que isso dá é porque isso diminui muito o esforço que a gente tem feito aqui no Brasil e a evolução de futebol feminino que está tendo aqui. Há um esforço muito grande dos clubes principalmente e também da própria CBF e principalmente das nossas jogadoras, que são extremamente profissionais hoje se dedicam muito. Então quando foi citado o caso da Tamires, eu tenho todos os dados. Pode publicar isso sem nenhum problema. A Tamires quando chega para a gente da Dinamarca ela chega muito pior se a gente isolar esse aspecto físico. Ela aqui conosco no Brasil disputando as competições do Brasil ela apresenta um nível de jogo e uma intensidade de jogo muito maior do que quando ela ficou na Dinamarca jogando Champions League e sendo campeã lá na Europa", destacou.

"Ela (Tamires) vive hoje o melhor momento da carreira dela. Das últimas duas competições que teve com a seleção ela foi uma das principais jogadoras. Tanto é que ela cresceu. Hoje todo mundo conhece muito mais a Tamires pelo que ela fez nessas competições do que antes. Vejo que tanto na qualidade do jogo, quanto amadurecimento dela e essa questão física a Tamires está muito melhor que quando ela jogava na Europa. Peguei muitas jogadoras recentemente também que vieram da Europa e todas elas apresentaram uma melhora muito grande com a gente. Elas chegaram no Corinthians muito abaixo do que a gente tem no nosso grupo de trabalho. O que eu acho perigoso: quando a gente generaliza no sentido de Brasil e Europa. A Europa é muito grande", completou o técnico.

Arthur Elias ainda destacou que as jogadoras do Corinthians recebem acompanhamento diário de diversos profissionais nos treinamentos. Além disso, o técnico ressaltou que, hoje, pode afirmar com certeza que as corinthianas estão preparadas para correr o que o jogo exige no mais alto nível.

"Para fechar. A gente falou de distância percorrida em alta intensidade, não ficamos abaixo, comprovado pelos números, questão das características das jogadoras, que são escolhas, e o que eu acho fundamental que é a velocidade do jogo, como o time joga. Isso para mim é tático e não é físico. Quando você tem uma organização tática que o time é sincronizado, jogadoras entendem as relações que elas têm no campo, fazem um jogo fluído, jogo com troca de passes velozes, time está treinado neste aspecto, a gente tem um jogo de maior exigência para o adversário, um jogo mais intenso", explicou Arthur.

"Então quando a gente fala de intensidade da jogadora ou do jogo de futebol são esses três aspectos. E essa questão da velocidade do jogo é o que para mim é o mais importante, é o que eu olho mais. Citei o Barcelona do Guardiola e poderia citar vários times como citei o Japão aqui e que isso faz a diferença, faz o jogo intenso, treinamento e o time saber jogar com a bola, faz o jogo ser intenso. Obviamente também você respeitar a característica das jogadoras. Falo muito do que estou vivendo. Tem Portilho, Adriana, jogadoras extremamente intensas. Mas elas quando jogarem por dentro ao invés de jogarem abertas você vai potencializar menos essa intensidade que ela pode entregar e a velocidade do jogo que ela vai imprimir. Eu discordo totalmente dessa questão das nossas jogadoras não terem essa intensidade", finalizou o treinador do Corinthians.

O Corinthians estreia no Campeonato Brasileiro Feminino neste sábado. O Timão recebe o Red Bull Bragantino, às 14h, no Fazendinha. Para o confronto, os desfalques certos são Erika, Kemelli e Kati. O trio se recupera de cirurgias por ruptura dos ligamentos dos joelhos.

Veja mais em: Arthur Elias, Corinthians Feminino, Tamires e Corinthianos na Seleção.

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