Corinthians ainda tenta solução sem ir à Justiça sete meses após ruptura com a Taunsa
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Por Rodrigo Vessoni
Nesta terça-feira, dia 1° de novembro, completam-se exatos sete meses que o Corinthians anunciou a suspensão das entregas publicitárias ligadas à Taunsa Group. Até agora, o clube ainda não conseguiu uma solução para o calote de R$ 18 milhões da empresa de agronegócio.
A tentativa da diretoria e do departamento jurídico ainda é de um acordo amigável para obter o dinheiro combinado com a Taunsa. Mas, até agora, as tentativas foram infrutíferas. O clube também não foi à Justiça.
Em recente busca pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo, a reportagem do Meu Timão não encontrou nenhuma ação contra a empresa. À época da ruptura da parceria, essa tinha sido uma das soluções citadas pelo presidente Duilio Monteiro Alves.
O acordo firmado entre as partes dizia que a Taunsa teria de pagar os R$ 18 milhões ao Corinthians em dezembro de 2021. Tanto que o clube não contabilizou o mesmo em seu último balanço financeiro. Em entrevista coletiva na ocasião, o diretor financeiro Wesley Melo explicou a situação.
"O valor que está no balanço é R$ 18 milhões, que eram entregáveis naquele ano. Mas existe uma previsão de perda, que não afeta mais na receita. Agora temos a receber e não a dever. O caso será analisado pelo nosso jurídico", afirmou o diretor financeiro, à época.
Do sonho à dura realidade
A expectativa era de que o patrocínio da Taunsa modificasse o patamar financeiro do Corinthians, incluindo o aporte que pagaria o salário de Paulinho, recém-chegado ao Parque São Jorge. No início de 2021, a empresa aparecia no noticiário como parceiro forte para bancar contratações de peso. O CEO da empresa, Cleidson Cruz, chegou a comentar sobre a procura por um centroavante.
Mas a parceria se transformou em desgaste para os dirigentes, incluindo o departamento de marketing. A euforia se transformou em apreensão em pouco tempo. Em março, por exemplo, foi noticiado um atraso no repasse da empresa. A Taunsa se defendeu à época dizendo que a situação foi consequência de um problema no “fluxo de caixa”. O problema segue até agora.