Corinthians define parcelas do financiamento da Caixa para a Arena em 2024; veja valores
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Por Rodrigo Vessoni, Victor Godoy e Tomás Rosolino
O Corinthians definiu que vai pagar R$ 78,4 milhões à Caixa Federal Econômica ao longo de 2024 para quitar os juros referentes ao financiamento da Neo Química Arena. Serão quatro parcelas trimestrais.
O Meu Timão teve acesso ao documento que detalha esses pagamentos, que irão diminuindo ao longo do ano:
- Março: R$ 21,5 milhões
- Junho: R$ 20,2 milhões
- Setembro: R$ 18,5 milhões
- Dezembro: R$ 18,2 milhões
- Total: R$ 78,4 milhões
O Corinthians se propôs a pagar à Caixa R$ 200 milhões entre 2023 e 2024, referente aos juros do período em que o clube deixou de pagar o financiamento em decorrência da disputa judicial de quase cinco anos. Contando o que foi e será pago, faltarão R$ 21,6 milhões a serem quitados em relação à previsão inicial - o clube não detalhou o motivo da diferença.
Ao longo de 2023, o Corinthians fez o pagamento de quatro parcelas de R$ 25 milhões. Importante lembrar que a última atrasou, sendo quitada apenas nos últimos dias de fevereiro de 2024, já pela nova diretoria. A antiga gestão, chefiada por Duilio Monteiro Alves, havia transferido metade do total na expectativa que o acordo com a Caixa para a quitação da Arena fosse selado, o que não aconteceu.
Esse montante não entra nos R$ 611 milhões que o Timão deve ao banco estatal para a quitação do estádio. No acordo atual, ficou definido que esse valor passará a ser pago a partir de 2025, indo até 2041.
E a quitação da Neo Química Arena?
Como dito, a Caixa recusou a proposta feita pela antiga gestão para a quitação da Neo Química Arena. A oferta feita propunha o pagamento do valor devido por meio dos naming rights da Hypera Pharma e o restante com créditos que seriam adquiridos em contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais). A estatal considerou que era "inviável".
O sonho do Corinthians pagar seu estádio, porém, segue vivo. Augusto Melo, ao lado de alguns diretores, chegou a se reunir com o presidente da Caixa e o Ministro de Relações Institucionais em Brasília para tratar do assunto. A atual diretoria tenta bolar uma nova proposta e apresentar ao banco durante o mandato, que vai até o fim de 2026.