Coordenador do Corinthians explica 'projeto Tchoca' como estratégia para emprestar atletas da base
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Por Marina Borges, Rodrigo Vessoni e Victor Godoy

Chicão aborda estratégia para acelerar desenvolvimento de atletas da base
Reprodução / Meu Timão
Em entrevista exclusiva ao Meu Timão, o ex-zagueiro Chicão, atual coordenador de transição do Corinthians, falou sobre a estratégia de emprestar atletas a outros clubes como forma de dar visibilidade e acelerar o desenvolvimento dos jogadores. Além disso, comentou sobre o “Projeto Tchoca”, voltado para a base do Timão.
“A gente pode emprestar os meninos da base para jogarem a Copinha por outro clube, para que possam voltar no próximo ano mais maduros. O que a gente não pode é deixá-los de férias, sendo que podemos usar a vitrine da Copa São Paulo para colocar esses meninos de 16 anos para jogar. Tem clube que precisa", iniciou.
"Eu coloquei essa ideia para o pessoal, até para a gente dar oportunidade a esses meninos de 16 anos. Foram os casos do Denner, que é fora da curva, Pedro Thomas e Nicolas. Eles jogaram com 16 anos no Corinthians. Então, tem menino com essa idade que a gente pode emprestar depois para jogar a Copa São Paulo no ano que vem por outros clubes. O que a gente não pode é deixá-los parados", explicou.
O Meu Timão já havia apurado que a ideia da diretoria corinthiana é que os garotos sigam o mesmo caminho de João Pedro Tchoca, que foi promovido ao time principal em 2024 e, na sequência, emprestado ao Ceará. O zagueiro retornou nesta temporada e ganhou espaço no elenco, conquistando minutos em campo e elogios da comissão técnica.
“Acho que o Batata participou também justamente daquele projeto que hoje é chamado de 'Projeto Tchoca' (...) Os meninos têm que jogar no profissional. Se não for no Corinthians, podemos emprestar este ano, porque, no ano que vem, será o último ano de contrato. O jogador já será profissional, então precisamos entender se ele pode atuar no profissional ou não. Não dá para esperar, como aconteceu com o Tchoca, que ficou um tempo parado antes de ser emprestado. E foi muito bom para ele, todo mundo vê que voltou mais preparado. Então, queremos antecipar esse processo", explicou.
Sobre a necessidade de ajustar a competitividade e oferecer um projeto de carreira que beneficie os jovens talentos, o coordenador de transição ainda acrescentou que esse projeto visa conseguir maturar os garotos mais rapidamente.
"Assim, o 05 (nascido em 2005), de repente, pode tirar espaço do 06 (nascido em 2006), que conseguimos maturar um pouco mais rápido, porque está cada vez mais precoce, né? E a gente quer fazer isso porque é preciso abastecer o profissional. O presidente precisa realizar vendas de atletas da base", disse.
"É o caso do Breno (Bidon), porque, assim, o empresário dele foi muito parceiro quando veio fazer a renovação de contrato aqui. Ele falou: 'Eu tenho um projeto de carreira para o meu atleta'. Qual é o projeto? Ele precisa jogar. Hoje, se eu chego aqui e coloco para vocês que ele quer ganhar X valor, como fica a cabeça do garoto? 'Ah, vai ganhar 200 mil', não é isso, né? Tem atleta que não consegue controlar, e aí ele falou: 'Não, eu quero um projeto de carreira. Assim que ele (Bidon) jogar, a gente renova o contrato de novo'. Foi o que aconteceu, e a multa vai lá em cima", completou.