Luiz Almeida
Precisa de fato reequilibrar as contas, e pra isso não necessariamente precisa deixar de investir no futebol, o maior problema do Corinthians são as más contratações que incham o elenco e levam-nos a ter à terceira maior folha do futebol brasileiro.
O que vemos nos últimos anos não é investimento no futebol, mas sim abuso de esquemas, não tem outra explicação para se contratar tantos jogadores em qualquer prestígio ou terem estes demonstrado tanta qualidade assim e terem contratos de 3 a 5 anos, ganhando acima dos 150 mil.
A título de exemplo, contrataram Davó que não era titular absoluto no Guarani, Natel e Cafú que vieram de ligas fracas e ainda assim sem tanto prestígio por lá; Ederson reserva do poderoso Cruzeiro que ficou na série B e assim por diante.
Aqui mora o grande problema, contratam em quantidade mas não em qualidade.
Podem apostar que vão continuar contratando sem parar e jogadores deste nível com o argumento de que são jovens promissores quando na prática são piores ou do mesmo nível dos que temos na base e elenco.
em Bate-Papo da Torcida > Acertar as contas: se for feito, não vai levar apenas uma temporada
Em resposta ao tópico:
Começamos a ver alguns posts aqui que estão lançando a questão 'aceitariam um 2021 sem títulos para a gente acertar as contas? '. E o campo parece ser dividido entre aqueles que pensam que as duas opções seriam um ano sem time competitivo ou chegar forte em 2021. E ainda há aqueles que mandam a bravata: 'se vira diretoria, tem que acertar as contas E ganhar títulos'.
Mas a verdade é que os exemplos que temos mostram que provavelmente não é assim tão fácil.
Recentemente, no futebol brasileiro, temos dois caminhos para passar ao azul:
1) Um mecenas começa a injetar uma quantidade mercadologicamente injustificada de dinheiro por ser um torcedor do time (Ex: Unimed e Fluminense, MRV e Atlético Mineiro, Crefisa e porcos); uma dessas poderia acontecer com a gente, mas não só não resolveria o problema do nosso clube, como geralmente deixa o time com uma série de compromissos quando o patrocínio encerra (podemos lembrar do nosso caso com a MSI).
Isso quer dizer que: mesmo que apareça um mecenas - na real, principalmente SE aparecer um mecenas - o trabalho duro tem de ser feito para que evitemos um baque.
2) Renegociação de dívidas, organização das contas, busca tenaz por novas fontes de renda. Aqui o único exemplo recente entre os doze grandes é o Flamengo. É esse o exemplo que o Duílio declara querer reproduzir.
Agora, o Flamengo conta com algumas vantagens em relação ao nosso caso:
A) Não teve de prejudicar a receita para pagar um estádio;
B) Tomou uma atitude mais rapidamente após a situação financeira se complicar;
C) Propôs renegociar dívida antes de o país entrar em crise/recessão/estagnação;
D) e, mais importante de tudo: o Flamengo conta com uma 'propaganda gratuita' na mídia esportiva que faz com que notícias positivas sejam exploradas ininterruptamente, enquanto notícias negativas morrem rapidamente (quem lembra disto aqui:
:~:text=Levado%20pela%20Pol%C3%ADcia%20Federal%20e, presidente%20Eduardo%20Bandeira%20de%20Mello.
)
Essa propaganda gratuita faz com que compense MUITO investir na marca do time. Certeza de muita exposição.
E com todas essas vantagens em relação à nossa situação atual, o Flamengo levou DEZ ANOS entre títulos relevantes (2009 e 2019).
É natural o ceticismo em relação às intenções da diretoria. Eu também não sei se eles de fato estão dispostos a fazer um ajuste nas contas... Mas se de fato fomos tentar fazer isso... Não vai ser fácil, nem rápido.