No último mês, alguns torcedores do Corinthians enviaram ao TSE (Tribunal Superior de Justiça) um pedido para a criação do Partido Nacional Corinthiano, sem ligações com o clube. Em formação, está registrado perante o 2º Ofício de Registro Civil de Brasília, desde agosto de 2014 e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob nº 21.162.377/0001-17.
Com o lema "Unidade no Esporte, Saúde e Educação", o partido político corinthiano ganhou destaque na maior agência de notícias do mundo. A Reuters, em sua versão do Reino Unido, publicou: "Corinthians fans form political party in troubled Brazil", ou seja, "Corinthianos formam partido político no conturbado Brasil".
A matéria, inclusive, conta com uma entrevista exclusiva com o presidente do partido, Juan Moreno. À Agência, citando o descontentamento com a atual política no Brasil, declarou que "espera ganhar apoio não só a partir de torcedores do Corinthians, mas a partir de torcedores de todos os clubes insatisfeitos". Além disso, influencidado por jogadores de futebol socialmente ativos, cita como inspiração a Democracia Corinthiana, liderada por Sócrates, Casagrande e Wladimir, na década de 1980.
Pretendendo apresentar candidatos para as eleições do Congresso em 2018, o Partido Nacional Corinthiano precisa recolher 484 mil assinaturas para ser reconhecido, além de regular sua situação eleitoral. Por isso, Moreno afirmou à Reuters que "O futebol tem influência".
No entanto, o ex-presidente e atual superintendente do Corinthians, Andrés Sanchez, posicionou-se contra o Partido , revelando que o clube do Parque São Jorge analisa se entrará ou não com uma ação na Justiça contra a associação que usa o nome do time.