Nos últimos anos, a filosofia do Corinthians tem se desenhado de forma bastante coletiva. Como dentro das quatro linhas, em que todos se ajudam, marcam e atacam em blocos, fora do gramado as coisas também funcionam em parceria. Embora ganhe todo o destaque que merece, Fábio Carille não está sozinho por trás da brilhante temporada do Timão.
Além do comandante alvinegro, dono da última decisão, a comissão técnica conta com três auxiliar. Leandro da Silva, Fabinho e Osmar Loss, que já deram entrevista para o Meu Timão , são os braços direitos de Carille. O trabalho, no entanto, vai ainda mais longe e conta com a ajuda fundamental dos analistas do clube.
"Eles facilitam muito nosso trabalho, que é conjunto. Isso tem dado muito certo, porque eles têm uma capacidade muito grande no que fazem", explicou Leandro, em entrevista ao UOL Esporte.
"Existe uma rotina já estabelecida da época do Tite [material individual para cada atleta]. Em toda a preparação de jogo, eles recebem referenciais de quem vão duelar mais tempo no jogo. Recebem vídeo de 1min30s, 2min. O material estratégico é apresentado um ou dois dias antes do jogo", complementou Osmar Loss.
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Tantos dados se fazem ainda mais necessários pelo alto nível de trabalho cobrado pelo treinador alvinegro. Mais do que encaixes para o funcionamento da engrenagem, Carille busca a perfeição, por conta disso, usa tudo que pode para diminuir a chance de erro. As opiniões dos auxiliares sempre são levadas em conta pelo professor.
"Humildade. É nosso capitão, mas é um líder. A humildade caminha na frente dele. Passamos por inúmeras situações em que me peguei pensando, 'cara com tanta coisa para resolver e ele com o pensamento voltado ao jardineiro, ao porteiro'. A gente se apega a esses detalhes por ter convivido com outros profissionais. A humildade é o carro-chefe dele e a confiança que tem em saber o que tem na mão", disse Fabinho.
De todos os méritos que a comissão alcançou nesta temporada, um deles tem sabor especial, principalmente para Osmar Loss. Entre os principais jogadores do time, Maycon e Guilherme Arana vieram recentemente da base, onde o auxiliar trabalhou por muito tempo.
"Para todos corintianos, ter dois jogadores oriundos da base com tanta capacidade, e para o clube e para nós, é fundamental. Alimenta a chama do que pode vir de lá de baixo. Quando se olha e vê uma barreira quebrada, porque se dizia que no Corinthians não jogava jogador da base, a gente consegue alimentar lá embaixo. Isso coloca energia, seremos um novo elemento para atrair talentos ao clube. Só ajuda no processo", concluiu Loss.