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Leão foi entrevistado por Casagrande

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Opostos

Entrevistado por Casagrande, Leão explica por que bateu de frente com Democracia Corinthiana

Por Meu Timão

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Dois dos personagens mais distintos da Democracia Corinthiana estiveram frente a frente na edição deste domingo do programa Esporte Espetacular, da TV Globo: Emerson Leão e Walter Casagrande, "inimigos" nos bastidores do Corinthians do início dos anos 80.

Em entrevista concedida justamente a Casagrande, Leão falou sobre o porquê de ter sido opositor da Democracia Corinthiana quando defendeu a camisa do Timão. Na visão do então goleiro, o movimento existente no clube não era lá muito democrático como aparentava.

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"Era uma democracia que poucos ditavam regras, e muitos obedeciam. Então partia daí, que não era uma democracia, era uma condução. Existiam os comandantes da democracia, tinha o Magrão (Sócrates), você e Wladimir vinha no bojo de tudo isso, então formavam aqueles quatro ou cinco que comandavam, e os outros ficavam quietos (...)", argumentou.

Ao longo do bate-papo, Casagrande então rebateu, sempre mantendo o clima harmonioso da entrevista. Para o ex-atacante, ele, Sócrates e Wladimir se destacavam na Democracia Corinthiana não por serem líderes, mas sim por se interessarem pelo assunto.

"Eu acho que tudo funcionava democraticamente bem. Eu respeito a sua visão, mas a minha é assim: sobre os jogadores que não participavam do comando. Eu não vejo que eles não participavam do comando, eu vejo que eles não se interessavam pelo negócio", disse.

"Então poucas pessoas se interessavam e aí surgiu assim, pô, esses caras comandam. Eu acho que tinha uma liderança, o Adílson Monteiro Alves era o líder, porque foi ele que idealizou", completou, se referindo ao então diretor de futebol do Corinthians.

E de fato Casagrande tinha razão ao argumentar a falta de interesse de alguns jogadores na Democracia Corinthiana. O próprio Leão, durante a entrevista, deixou claro que não tinha pretensão de se envolver em assuntos que não fossem relacionados à sua carreira.

"Essa democracia é um ato político e eu nunca me preocupei nada com isso, com ditadura, com político. Eu me preocupava em crescer profissionalmente, formar uma família e através disso me definir como cidadão", comentou.

Por fim, Casagrande questionou Leão sobre o relacionamento nada fácil entre o então goleiro corinthiano e Sócrates. Este, um dos protagonistas da Democracia Corinthiana, era contrário à contratação e à permanência daquele no Corinthians.

"Nunca teve, nunca discuti com ninguém. Só um dia que o Sócrates me falou assim: 'Não Leão, você é um reacionário'. Lembra que eu falei para ele assim: 'Você sabe a tradução do que você está falando'. Então quebrou um possível entrosamento futuro. Talvez aquele dia em vez de aproximar, separou. Eu já passei por muitos times, mas a minha passagem pelo Corinthians me marcou bastante, eu acho que pela luta né", relatou Leão.

Veja mais em: Ex-jogadores do Corinthians e Ídolos do Corinthians.

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