Ato VII - 100 anos da Ponte Grande
Opinião de Fernando Wanner
2.4 mil visualizações 5 comentários Comunicar erro
Cem anos depois de “as margens plácidas do Ipiranga” ouvirem “de um povo heroico o brado retumbante” — como o Hino Nacional brasileiro canta a proclamação da Independência por dom Pedro I —, o Corinthians conquistou o título de Campeão do Centenário, o qual, obviamente, vale por um século.
Em 1922, o ano do Centenário da Independência, se disputava o Campeonato Paulista mais importante da história. A disputa não foi fácil, até porque todos os clubes participantes faziam questão de conquistar o título histórico.
Cada jogo era uma guerra! A torcida vibra! O público enche o estádio corinthiano jogo a jogo. A Ponte Grande foi palco de goleadas históricas: 5 a 0 no Gêrmania, 6 a 3 na Athletica das Palmeiras, 9 a 0 no Inter da Capital, 6 a 2 no Santos, 7 a 0 no São Bento da Capital!
Na partida contra o Sírio pela penúltima rodada, a estreia no Timão no Parque São Jorge foi como visitante! Naquele época, o clube Sírio alugava o local para jogar e o Corinthians, como bom visitante, venceu por 1 a 0. Dependia apenas de si para se sagrar campeão.
No jogo do título, o encontro entre o Corinthians e o Paulistano foi um jogaço. Um duelo de 90 minutos em que as torcidas encheram de emoção aquela tarde de 4 de fevereiro de 1923 no estádio da Floresta.
O resultado final foi apoteótico: 2 a 0 para o Corinthians. Tatu e Gambarotta marcaram os gols. A equipe campeã do Centenário ganhou do Paulistano jogando com Mário, Rafael e Del Debbio; Gelindo, Amílcar e Ciasca; Peres, Neco, Gambarotta, Tatu e Rodrigues. Troféu e bola da partida foram levados para a galeria da Ponte Grande!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.