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É necessário pés no chão, ou...
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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É necessário pés no chão, ou...

Coelho em Corinthians 3 x 2 Fortaleza

Foto: © Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Como diria o filósofo, jogos ganhos são aqueles que emburrecem, e apenas as derrotas são capazes de educar.

Após oito jogos sem vencer e com uma dificuldade absurda em fazer gols, o reencontro com os três pontos em Itaquera aumenta a confiança do grupo e da torcida, mas está bem longe de significar um verdadeiro avanço técnico e tático em relação ao que apresentava até pouco tempo atrás.

Aparentemente, o treinador Dyego Coelho busca o jogo ofensivo, com a equipe mais presente no campo do adversário que em seu próprio campo, ao contrário do estilo do agora ex-treinador, Fábio Carille.

E é aqui que mora o perigo. Precisamos lembrar que, em nosso momento de soberania no clássico contra o maior rival, alcançamos tantas vitórias em razão da forma reativa de jogar, sempre "sabendo sofrer", como dizia repetidamente o ex-treinador e seu grupo de comandados.

Foi dessa forma que fizemos dele nosso vice de estimação, tendo ganhado o Brasileirão de 2017 e o Paulista do 2018, este em pleno campo rival.

Mas agora, com a nova proposta de Coelho, precisamos colocar as barbas de molho. Vínhamos de uma fase tão ruim, que a mudança de jogo e a vitória esconderam quase todos os erros da equipe, que chegou a estar perdendo para o frágil Fortaleza (!).

Do outro lado neste sábado estará um treinador experiente que sabe armar a casinha, especialmente contra times empolgados, como estava o São Paulo de Diniz até os 3 a 0 de uma semana atrás.

Sim, é possível vencer lá, sabemos disso e já estamos acostumados. Mas é necessário pés no chão. Não houve evolução, com exceção de uma forma mais ofensiva de jogar, pois o time ainda apresenta buracos e sofre com a falta de triangulações e armação de jogadas.

Repito, um jogo em casa contra o Fortaleza não representa alguma melhora aguda. O que aconteceu de verdade é que estávamos tão mal, que uma simples guinada já foi suficiente para nos sentirmos capazes de tudo. Aliás, a impressão principal é que foi a demissão de Carille que levantou o moral do grupo e não, necessariamente, a mão de Coelho, que não teve nem três dias completos para treinar o time.

Não, não estou defendendo que estava melhor antes. Pelo contrário, estávamos num barco à deriva e talvez agora estejamos no caminho certo, mas é importante lembrar que esse negócio de empolgar com pouco é coisa do rival.

Coelho precisa entender que a pressão está toda do lado deles, cuja torcida não aguenta mais ver o Timão se impor, e que não precisamos de afobamento nem de comprovar que agora podemos jogar melhor.

E nós, Fiel Torcida, precisamos entender que, embora tenha mudado de postura, o time será treinado por um técnico inexperiente e que pode cometer vários erros, principalmente em jogos importantes como este Dérbi de sábado.

Neste sábado, a equipe e principalmente Coelho, que ainda não provou nada para ser enaltecido, precisarão ter os pés no chão e a compreensão de que ainda somos um time em reconstrução. Ou estaremos correndo riscos que não gostamos nem de pensar.

Veja mais em: Dyego Coelho e Dérbi.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

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