Essa coluna é um desabafo
Opinião de Jorge Freitas
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As derrotas do Flamengo neste início de temporada tem servido para machucar um pouco mais as feridas deste colunista sobre a final perdida no ano passado na Copa do Brasil.
Apesar da grande mídia não enxergar, o Flamengo é um clube que se sustenta muito mais por ter grandes nomes em seu elenco que pela organização tanto dentro como fora de campo. Há tempos que contrata jogadores e treinadores sem critério estabelecido, apenas para se mostrar forte no cenário nacional.
O sucesso com títulos nos últimos anos se dá muito mais pela ausência de adversários mais fortes que por méritos próprios, o que se comprova pelas temporadas em que nada ganhou, sempre que encontrou pela frente uma equipe mais estruturada dentro de campo, como o Palmeiras e o Atlético-MG de 2021.
O Corinthians de 2022 não era tão bem estruturado, ainda tentava se entender dentro de campo e, pelo que ouvimos ultimamente, vivia uma relação conturbada entre seu treinador e jogadores. Mesmo assim, teve a Copa do Brasil nas mãos, ou melhor, nos pés, mas desperdiçou chutando-a no travessão.
Em três decisões nesta temporada, o Flamengo teve nove pênaltis contra (quatro no tempo normal) e levou oito gols. Apesar de ter pego um, Santos, é um dos mais ineficientes debaixo das traves quando o assunto é penalidade (apenas 5,6% de aproveitamento, 1 em 18, desde que chegou ao clube carioca). Mesmo assim, venceu uma disputa contra o Cássio, possivelmente o maior especialista no tema aqui no Brasil.
Precisávamos de 2 acertos em 3 cobranças quando Fagner pegou a bola. Era só acertar o gol.
Certamente, o chute do lateral está na minha lista de maiores decepções, junto com a penalidade desperdiçada por Marcelinho Carioca na semifinal da Libertadores de 2000 e com a decisão, também por pênaltis perdida no Paulistão em 2020, no estádio do maior rival.
A Copa do Brasil 2022 foi um título que de improvável passou a bastante possível, mas que deixamos escapar.
Um desabafo em forma de coluna porque a cada jogo com pênaltis contra o Flamengo fica mais difícil de aceitar.
Sim, águas passadas não movem moinhos.
Que nosso 2023 seja melhor.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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