Sufoco em Brusque: muita calma nessa hora
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos fieis, que sufoco!
Parecia que Carille não sabia que se tratava de jogo único e que o empate levaria a decisão da classificação para os pênaltis.
O Corinthians encontrou um adversário bem armado, com marcação implacável, que encarou a partida como o jogo da vida.
E nesse cenário, a equipe mostrou, sim, algumas qualidades, mas saltaram aos olhos algumas deficiências.
O sistema defensivo continua correspondendo. Fora o fraco nível técnico dos atacantes “bruscos” (com o perdão da piada infame), a cozinha está arrumada. Nesse setor, faço apenas dois questionamentos:
- Quando Fagner voltará a jogar o futebol de 2015? O lateral tem jogado um futebol do tipo “operação padrão”. Cumpre sua obrigação, mas não tem feito a diferença que se espera de um jogador da seleção brasileira.
- E Balbuena? Demonstra lentidão. Em mais de uma ocasião, Pablo teve que cobrir o colega. Além disso, o paraguaio, faz algumas faltas infantis, como a cometida no último lance do primeiro tempo, na risca da área.
Isso posto, os problemas enfrentados pelo time se resumem à falta de criatividade e de poder de fogo. Talvez um seja consequência do outro. O Timão joga "rígido"; parece time de pebolim. Não dá para jogar contra o Brusque e o goleiro dos caras passar 90 minutos sem fazer uma defesa sequer. A chegada de Jadson e a volta de Rodriguinho diminuirão o problema, mas deu para perceber que precisaremos reforçar o ataque. O simples fato de haver espaço para um Romero da vida revela isso.
Além disso, está na hora de colocar Pedrinho para jogar. O moleque vem treinando bem, tem habilidade e é capaz de quebrar a marcação adversária. Talvez seja ele o cara do improviso e da imaginação, recursos em falta na equipe.
Louvo a saída dos chinelinhos e a entrada dos garotos. Fiquei emocionado com a vitória no Derby, mas aos otimistas (que acham que ser corinthiano é fechar os olhos e aplaudir) e aos pessimistas (que acham que está tudo errado), aconselho: muita calma nessa hora.
Não somos os melhores, nem os piores. Com equilíbrio, analiso que com esse time não iremos longe no Brasileirão. Defino a equipe de hoje como o time de 2016, mas com mais raça. Ainda é pouco. Mas o cenário atual é bem melhor do que em dezembro passado.
O que vocês acham?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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