Em meio a um trabalho sem tantos lampejos, Mano Menezes é demitido do Corinthians. A crise e a impaciência da torcida talvez sejam os principais fatores para tal, uma vez que o treinador paga pelos erros tanto de Augusto Melo quanto Duilio Monteiro Alves na montagem do elenco.

É fato que o plantel alvinegro vem sendo desmantelado desde o início de 2023. O processo, que começou com o antigo presidente, foi finalizado quando Augusto Melo foi eleito. O primeiro vendeu metade e o segundo não renovou com o restante. Sobraram quem? 11 titulares questionáveis, três reservas com menos respaldo ainda e uma dúzia de jogadores recém-promovidos da base que buscam se provar.

Entendo que o Mano Menezes tenha, sim, culpa no percurso. No entanto, muito menos que o atual presidente e sua diretoria, que prometeram 12 contratações e entregaram seis, sendo que um dos reforços não consegue ser inscrito e outro foi negociado pela gestão anterior. Desde o início Augusto Melo era quem chamava a responsabilidade pela reformulação do elenco do Corinthians, não Mano.

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Não foi o técnico quem prometeu um time galáctico à Fiel. Pelo contrário, pregou que só era possível reformular o elenco do Corinthians se houvessem contratações. O processo não vem sendo bem conduzido e não vai ser um novo treinador que vai resolver isso. É necessário que a diretoria seja mais comedida em relação à expectativa gerada. "Working in silence", como dizem.

Agora, o Corinthians reinicia seu trabalho do zero. Perdeu toda a pré-temporada e precisa recalcular a rota para buscar ao menos a classificação para o mata-mata do Paulista. Até o momento que escrevo esse texto, não se sabe quem será o novo treinador. Ainda assim, já vale o aviso: a torcida, a imprensa e a diretoria precisarão que ter mais paciência do que vêm tendo nos últimos anos, ainda mais dependendo do nome.

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