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As razões do revés em Florianópolis
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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As razões do revés em Florianópolis

Corinthians em Santa Catarina: a rotina de buscar motivos para o fracasso

Foto: Agência Corinthians

A frase é do oitavo presidente dos Estados Unidos, Martin Van Buren: "é mais fácil fazer direito o seu trabalho do que explicar por qual motivo falhou".

A lição vale para a fraca, confusa e apequenada equipe do futebol corinthiano, que não foi capaz de segurar o modesto 1 a 0 diante do quase rebaixado Figueirense.

Inquiridos sobre o gol do empate, a um minuto do final da partida, as respostas dos atletas misturaram a ignorância da perplexidade e a platitude dos que se consideram abandonados pela sorte.

Expliquemos, então. O gol de Rafael Moura foi irregular, como outros tantos sofridos pela equipe de Parque São Jorge.

De alguma forma, lembra aquele anotado por Guerrero, no empate contra o Flamengo, no Maracanã, pelo segundo turno deste Brasileirão. Ambas as partidas foram apitadas por Anderson Daronco.

Tais frequentes tormentos são resultado da ação de bastidores da delinquente CBF, essa mesma incomodada com as faixas da torcida denunciando seus delitos.

Mais ainda, são resultado da irritante inércia de Roberto de Andrade, incapaz de executar uma das funções básicas de seu cargo: defender os interesses do Sport Club Corinthians Paulista.

Há, no entanto, outra razão mais corriqueira para o fracasso: a parceria entre a incompetência e a falta de comprometimento.

Em praticamente todo o segundo tempo, o time de Oswaldo de Oliveira tratou de cozinhar o jogo, de garantir a vitória pela vantagem mínima.

Essa postura frouxa e fatigada foi expressa, por exemplo, nas expressões lamurientas de Willians. Ora, se o afligia, de fato, uma contusão, que cedesse lugar a outro. Se considerava-se apto a prosseguir em campo, que realizasse a contento sua missão.

O onze do errático Marquinhos Gabriel, substituído somente nos momentos derradeiros da partida, e do estabanado Giovanni Augusto, expulso antes do apito final por conduta infantil, honrou o paradigma mosqueteiro neste sofrido 2016.

Incapaz de manter a posse de bola, crente na virtude do bicão, concedeu ao adversário uma falta no meio de campo.

A bola viajou milênios até pousar na área corinthiana. Havia tempo suficiente para se bebericar um cafezinho ou contar uma anedota, mas a zaga alvinegra não foi capaz de organizar-se para marcar o veterano He-Man.

Foram nove dias de treinamento com Oliveira e o time segue confuso na trama do passe, lerdo nas transições e atrapalhado na articulação defensiva.

No Orlando Scarpelli, o Timão desperdiçou a chance de ingressar no G-6; punidos os Fiéis todos, mais uma vez, os que compareceram à praça esportiva e os que vararam a noite colados na TV.

Para os responsáveis pelo malogro, bem pagos e bem mimados, cabe a ingrata tarefa de inventar uma razão que os absolva.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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