Carille fala sobre tratamento com o elenco do Corinthians e exalta ajuda dos jogadores
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Por Meu Timão
Auxiliar de Tite por muito tempo, Carille parece ter aprendido muita coisa com Adenor. Uma delas é o tratamento com o elenco. Assim como o atual treinador da Seleção Brasileira, o comandante alvinegro sempre visa o trabalho do grupo inteiro. Durante os treinos, não existe time principal, todos recebem a mesma atenção.
"Meu time reserva não treina igual o adversário, treina igual meu time A. Eu preciso preparar meus jogadores para entrar. Não adianta eu pegar uma equipe que joga com três zagueiros e montar meu time B igual. Eu estou deixando de treinar meu time. Então, é treino igual pros dois times. Isso facilita muito o dia a dia", contou Carille, em entrevista à ESPN.
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Além do tratamento igual na parte tática e técnica, o treinador também tem uma filosofia bastante igualitária no tratamento com os atletas. Exemplo disso são os momentos de bronca ou elogio durante os treinos. Não há distinção entre os mais experientes e os garotos.
"Não chamo atenção de nenhum atleta na frente do grupo e, principalmente, na frente das câmeras. Então, eu estou conduzindo o treino, o Paulo acerta um passe eu digo "Boa, Paulo!". Na hora que ele errar o passe, eu falo "Acerta o passe", não precisa falar o nome. Ele já sabe que acabou de errar. Eu levo isso para todos, tanto para o Jadson, que é um dos mais experientes, quanto para Pedrinho e Léo Santos, os mais jovens. O tratamento é igual", afirmou o treinador.
Outro ponto bastante trabalhado por Carille é o de ouvir os atletas. O comandante alvinegro deixa bem claro que, no vestiário, não é só o técnico que fala. Nesse momento, o destaque são os atletas mais experientes. Sempre aberto a aprender com quem está jogando, Fábio não tem vergonha de ser questionado e até pede conselhos durante as partidas.
"Estou há 24 anos trabalhando com atleta no meio de futebol e tenho certeza no que vou falar. Os jogadores estão cada vez mais inteligentes, tem que saber abordar, porque eles questionam. Aqui no grupo, para mim, eu que estou aprendendo, eu tenho Rodriguinho e Fagner, principalmente, que me questionam e eu gosto. Eu cresço, eles fazem eu olhar de outra forma. Eles estão dentro do campo", revelou.
"Muitas vezes eu chego no intervalo com alguma dificuldade e digo "quero ouvir de vocês". Eles se colocam, em cima disso, e e ajudam. Essa abertura o técnico tem que ter cada vez mais", concluiu.
Sem contar com dois de seus "auxiliares", que estão com a Seleção Brasileira na Australia, Carille se prepara para o jogo contra o Vasco, nesta quarta-feira, às 21h45. O treinador já definiu os titulares para o confronto: Cássio; Paulo Roberto, Pedro Henrique, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Marquinhos Gabriel, Jadson e Clayson; Jô.