Diretoria do Corinthians, pela primeira vez, assume equívoco na ação de trazer Cristóvão Borges
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Por Meu Timão
Há cerca de um ano, Tite deixava o comando técnico do Corinthians para assumir a Seleção Brasileira. A perda do treinador multicampeão, embora já esperada, fez a diretoria do Timão apressar a contratação de um substituto, que viria a ser Cristóvão Borges. Na avaliação do atual gerente de futebol do clube, Alessandro Nunes, à época coordenador, um erro.
Em entrevista ao canal FOX Sports nesta quarta-feira, Alessandro assumiu, pela primeira vez, que o Corinthians se precipitou ao fechar com Cristóvão. Isso porque o Timão deveria ter tratado a situação com maior zelo, sem afobação, a fim de selecionar um sucessor em melhor timing.
“Eu não vou aqui dizer que foi um erro total (a contratação de Cristóvão), porque seria muito ruim da minha parte direcionar aos treinadores. Na verdade as escolhas são nossas, do presidente e da diretoria, todas elas foram tomadas em conjunto”, iniciou Alessandro.
“Eu assumo a parcela de culpa no seguinte aspecto: nós, na minha opinião, tivemos um pouco de pressa na escolha pós-Tite. Quando o Tite saiu, era hora de ter um pouquinho mais de calma, paciência e analisar com mais tranquilidade a escolha do treinador. Isso, não estou condicionando a um erro do treinador que veio, não é isso, na ordem poderia ter vindo o Oswaldo primeiro. É que nós, naquele momento, precisaríamos ter um pouco mais de calma para escolher o treinador”, explicou o ex-lateral-direito.
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Cristóvão Borges foi anunciado como técnico do Corinthians no dia 19 de junho, cinco dias depois de Tite deixar o Parque São Jorge. A passagem do baiano pelo clube paulista, porém, durou menos de três meses. Ele acabou demitido em 17 de setembro, após a derrota da equipe para o rival Palmeiras por 2 a 0, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro.
Sem Cristóvão, o Corinthians decidiu voltar suas atenções ao mercado, mesmo com Fábio Carille, então auxiliar, à disposição. O hoje campeão paulista, aliás, chegou a assumir o time interinamente, mas logo deu lugar a Oswaldo de Oliveira, que, sem a vaga à Libertadores da América no fim de 2016, também foi convidado a deixar o Timão.
“Eu tenho o conceito fechado que se tivemos analisado um pouco mais, dado um pouco mais de tempo, mesmo lembrando que o próprio Carille naquela ocasião manifestou que não estava ainda tão pronto ou confortável para assumir o cargo de treinador... Entendo que ele foi muito correto e competente para ser o mais saudável na escolha e na manifestação dele”, opinou Alessandro, que reiterou o comprometimento do Corinthians em dar tempo aos seus treinadores.
“Para ser objetivo, tínhamos que ter tido um pouco mais de paciência na escolha desse treinador. Na verdade, foi um pouco precoce e erros cometidos originaram essas mudanças de treinadores para um clube, uma entidade, que tem histórico de não fazer tantas mudanças assim”, finalizou.