Presidente ou um cabo eleitoral?
Opinião de Jorge Freitas
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O Corinthians vive, possivelmente, sua pior crise da década. Depois de mais de 30 jogos sem apresentar um bom futebol, o clube virou um adversário fácil de ser superado, tanto pela falta de vontade de seus jogadores quanto pela ausência de um padrão tático que indique uma forma concisa de encarar o jogo. Para piorar, pela primeira vez em sua história, precisa jogar em casa sem a presença da Fiel Torcida, que como sabemos, faz diferença como nenhuma outra.
Tenho ficado preocupado com as possibilidades que esse time encara para esta temporada. Com o quarto pior aproveitamento e umas das maiores folhas salarias do Brasileirão, esse Corinthians chega a ser pior que o time que quase caiu em 2018, pois nem mesmo seus principais jogadores passam, atualmente, por um bom momento.
Mas se estamos preocupados com o momento da equipe, parece que na cúpula corinthiana o futebol é completamente secundário. A cada dia que vemos notícias do clube, percebe-se que Sanchez esta mais preocupado em eleger seu sucessor para se manter no poder que ajeitar a casa em seus últimos meses de clube.
Quando se espera uma postura altiva do presidente, com o objetivo de proteger o grupo e dar tranquilidade para a retomada do trabalho, são vistas apenas declarações vagas , que nada acrescentam ou, pior, tumultuam ainda mais o ambiente, como em sua última entrevista que chamou a atenção, quando alegou que só demitiria Tiago Nunes se ele perdesse o apoio dos jogadores, o que significou um prato cheio àqueles que já estavam contra o técnico.
Aliás, até sua fase blogueirinha já acabou. No Twitter, falou mais que papagaio enquanto os naming rights eram especulados. Depois, apenas um agradecimento a Duílio, numa clara demonstração de como, acima de sua função de presidente, está a de cabo eleitoral. A saída de Duílio do cargo de diretor de futebol tem, acima de qualquer coisa, o objetivo de retirar o futuro candidato do alvo da torcida e dos conselheiros pelos péssimos resultados da equipe que ele ajudou a montar.
A postura de Sanchez é lamentável. Lembra, por pior que seja, os tempos de Eurico Miranda no Vasco.
Será que mudará caso seu grupo seja novamente eleito?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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