Mesmo assumindo o cargo de técnico do Corinthians, Fábio Carille não para de estudar e buscar crescimento na carreira que escolheu seguir. Além dos cursos e eventos que comparece, o treinador trabalha com um coaching para potencializar sua tomada de decisões e condução de treino, elenco e demais situações. O responsável por isso, desde o início do ano, é o conhecido René Simões, que já olha com muito otimismo para o futuro de seu orientando.

"Minha preocupação é como ele estará em cinco anos. Meu trabalho é para solidificar convicções, e ele vai muito bem, sempre muito tranquilo e ouve bastante nesse aspecto. Então, o nosso contato é diário. Mando mensagens diárias, ligo para ele ou ele me liga. Quando vou a São Paulo nós jantamos, então só fui ao Corinthians uma ou duas vezes. Eu não ia muito porque ficava com medo de tornar público esse trabalho e evitava. Ele vai ser um dos maiores do Brasil", projetou, em entrevista ao UOL Esporte.

Embora tenham estreitado e mudado a relação recentemente, René e Carille já se conhecem há muito tempo. Foi com o agora coaching, inclusive, que Carille teve suas primeiras noções do que e como faz um técnico de futebol.

"Ele fez um estágio comigo em 2007 quando eu dirigia o Coritiba. Segundo ele narra, ficou muito impressionado com o que viu de treinamentos, da condução e da forma como fiz o trabalho com ele. O respeito e o conhecimento dele começaram daí. A ideia de trabalhar com ele começou esse ano, com a minha decisão de sair do campo", contou.

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Apesar de agora ser uma espécie de professor, o ex-treinador René Simões divide os méritos com outros professores de Carille. Auxiliar do Corinthians por nove anos, Fábio trabalhou com cinco técnicos e sempre afirma ter tentado absorver um pouco de cada um deles, principalmente de Tite.

"Ele tem uma liderança muito legal, muito positiva com o grupo e ter isso não é fácil. O Fábio aprendeu muito com o Tite, que foi um belíssimo professor. Trabalhou também com outros: tem o Adílson (Batista) como um camarada dentro de campo muito bom, tem o Mano como alguém bom em dar treinamentos. O Oswaldo de Oliveira trabalhou com ele. Então, teve bons professores", destacou o coaching.

Como atua na psicologia positiva dos treinadores, René Simões teve de lidar, neste sábado, com uma situação diferente. Após 34 jogos de invencibilidade, Carille voltou a ver seus comandados saírem de campo derrotas - o Vitória bateu o Timão por 1 a 0, em Itaquera. O revés, porém, não parece ter afetado o comandante alvinegro.

"Eu converso com ele e, olha, vejo como tudo muito tranquilo. Tenho um ditado de quando enfrentei o Tite. Eu estava no Coritiba, disputamos a semifinal da Copa do Brasil (2009) e o time estava invicto havia muito tempo, mas o Inter ganhou por 3 a 1. Digo que quando mais se ganha, mais perto está de perder. Não existe time imbatível e isso é estatístico", explicou.

"Quanto mais ganha, mais perto da derrota está. Mas algumas coisas boas aconteceram, porque o Vitória não é concorrente direto, não era jogo de seis pontos, e os principais times de cima perderam pontos na rodada", concluiu o tutor de Fábio Carille.

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