Com mágoas e dívidas, Oswaldo de Oliveira revê Corinthians quase um ano após demissão
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Por Meu Timão
Oswaldo de Oliveira encerrou sua terceira passagem como técnico do Corinthians em dezembro de 2016, com uma bagagem breve e decepcionante. O treinador comandou nove jogos pelo clube e conquistou apenas duas vitórias, sendo demitido de forma abrupta pela diretoria. Hoje comandando o Atlético-MG, ele reencontra o Timão com dívidas e mágoas relacionadas a equipe alvinegra.
No Corinthians, Oswaldo conquistou o Mundial de Clubes de 2000 e chegou como técnico substituto de Cristóvão Borges na última temporada. O treinador assinou um contrato de 15 meses com o clube e esperava uma cobrança de resultados apenas no ano seguinte. Contudo, o fracasso inicial de uma passagem levou a rescisão do vínculo, sob valores que ainda seguem em aberto por parte do clube alvinegro.
A multa contratual do Corinthians com Oswaldo de Oliveira ainda tem valores a serem pagos. Um dos auxiliares do treinador, inclusive, chegou a levar o clube à Justiça trabalhista por quantias que tem a receber. De acordo com informações do portal Uol Esporte, a diretoria alvinegra confirmou a existência oficial dessas dívidas, mas garantiu que está em contato com os advogados do técnico para a realização de um acordo.
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A saída traumática gerou mágoas do treinador com o Timão. Ainda segundo o portal, Oswaldo chegou a admitir para amigos que a situação foi uma grande decepção com a diretoria do clube, especialmente com o presidente Roberto de Andrade. Isto porque, para assumir o Corinthians já na reta final do Campeonato Brasileiro, o técnico deixou o Sport e foi alvo de críticas em Recife.
Porém, com menos de dez jogos, Oswaldo foi cortado do Timão perder a vaga para a Libertadores de 2018. Derrotas marcantes como a de 4 a 0 para o rival São Paulo também foram determinantes para sua saída do clube. Sempre foi clara a intenção do técnico em montar uma equipe forte para a próxima temporada, com a chegada de novos reforços. O volante Gabriel, destaque na temporada 2017 do time alvinegro, foi uma das indicações do treinador.
A situação política do Corinthians também afetou a breve trajetória de Oswaldo pelo Corinthians em 2016. Sua contratação gerou desafeto nos bastidores do clube e causou até mesmo a saída de Eduardo Ferreira da direção de futebol do Timão. O dirigente se sentiu contrariado após decisão do presidente Roberto de Andrade em trazer o treinador, assim como o ex-presidente Andrés Sanchez e outros membros da política alvinegra.
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Em meio a tantos complicadores, a saída de Oswaldo de Oliveira foi um trampolim para a efetivação do então auxiliar Fábio Carille para o comando do Corinthians. Hoje celebrado com dois títulos, o técnico ganhou espaço durante a passagem de seu antecessor, que não tinha conhecimento do elenco. Ele chegou a participar de escolha de escalações, dividiu o banco de reservas e mostrou que poderia assumir o time para a diretoria do Timão. A sua efetivação foi confirmada em dezembro de 2016.
Questionado sobre o sucesso de Carille no Corinthians, Oswaldo não se mostrou surpreso sobre o desempenho do técnico e garantiu estar contente pelo seu ex-auxiliar. "Não me surpreende. Foi uma escolha muito boa que o Corinthians fez. Eu não esperava que ele fosse efetivado, mas sabia que ele tinha condições. Tivemos dois meses de convívio. É um cara muito sereno, que sabe o que quer, é humilde e me ajudou muito enquanto estive lá trabalhando", disse durante coletiva nesta sexta-feira.
Corinthians e Atlético-MG se enfrentam neste domingo, às 17h (de Brasília), pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já campeã nacional, a equipe alvinegra enfrenta um time mineiro na oitava colocação, brigando por uma vaga na Libertadores. O duelo será marcado pela entrega da taça para a equipe do Parque São Jorge, em plena Arena em Itaquera.