O que Carille e Mano têm a ver com reencontro de Tite e Guerrero na Arena Corinthians
3.6 mil visualizações 21 comentários Reportar erro
Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
A Arena Corinthians será palco de um alvinegro reencontro na tarde deste sábado. Quando a bola rolar para o duelo entre Brasil e Peru, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa América, Tite e Paolo Guerrero estarão em lados opostos num estádio em que foram aliados há pouco tempo quando ambos defendiam a mesma camisa: a do Timão.
E o que poucos torcedores do Corinthians se lembram é que Fábio Carille, atual treinador do Timão, e Mano Menezes, antecessor das duas passagens de Tite pelo clube, têm relação direta com a parceria de sucesso ostentada por Tite e Guerrero em 2012, 2013 e 2015.
Em 2009, Fábio Carille surgia no Corinthians como auxiliar-técnico do então comandante alvinegro Mano Menezes. No ano seguinte, após conquistar Série B, Paulistão e Copa do Brasil, o treinador trocou o Parque São Jorge pela Granja Comary – caminho que ironicamente se repetiria com Tite exatos seis anos depois –, mas seguiu próximo de Carille.
Tanto que em 2011, ano de Copa América, Mano Menezes convidou Carille, então auxiliar de Tite, para integrar a comissão técnica da Seleção Brasileira no torneio na Argentina. E por lá chamou atenção do corinthiano um centroavante relativamente desconhecido no cenário brasileiro: o tal do Paolo Guerrero, camisa 9 da seleção peruana.
Na temporada seguinte, Tite precisava de um substituto para Liédson, que encerrava sua passagem pelo Corinthians logo após o título da Libertadores. Eis que Carille se recordou do tal centroavante peruano que havia lhe chamado atenção na Copa América. Bingo! Tite aprovou, a diretoria moveu os pauzinhos e o Timão contratou Paolo Guerrero.
O resto é história! Guerrero deixou o Corinthians após três anos, tendo feito 54 gols em 130 jogos, sido o herói do título mundial de 2012 e ainda conquistado também um Paulista, uma Recopa Sul-Americana e um Brasileirão – todos os títulos sob comando de Tite.
Reencontro – Guerrero e Tite se reencontram agora na Arena Corinthians em situações semelhantes. Ambos viram suas seleções empatarem com a Venezuela (0 a 0) e cumpriram a obrigação de vencer a Bolívia (Brasil por 3 a 0; Peru por 3 a 1). O centroavante fez um gol até aqui; o técnico, quatro pontos. Ambos querem (e podem) mais. Itaquera sabe bem.