Coelho destaca cursos da CBF para melhorar no Corinthians e discorre sobre estrangeiros no Brasil
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Por Rafael Bianco e Tomás Rosolino
O técnico Dyego Coelho foi o responsável por comandar a equipe principal do Corinthians na reta final do Campeonato Brasileiro de 2019, após a demissão de Fábio Carille. Após a experiência, o treinador já retorna ao Sub-20, mas aproveitou o breve período de férias para realizar mais um curso da CBF e se especializar na profissão.
Em entrevista exclusiva com o Meu Timão, o ex-lateral falou sobre a importância de se profissionalizar mais ainda como um treinador e disse que um ambiente como o do curso da CBF permite que você conheça muitas pessoas e crie laços importantes.
"Já é meu quarto curso, são três anos e acrescenta demais. Nós temos que estar sempre nos atualizando. O curso te dá muita abertura, abre muito a sua cabeça. Dentro da sala de aula é muito bacana, mas o que realmente agrega é quando a gente sai para um café, um almoço, e consegue encontrar os consagrados do futebol e começa a fazer um monte de perguntas para eles. Dorival, Mano, Tite, Renato Gaúcho. Teve o Ricardo (Gomes), que foi quem me convocou em 2003, Itamar (Schulle), que está no Santa Cruz. São treinadores experientes, não apenas aqueles que estão na mídia. É muito bacana que tem muito conteúdo de treinadores de várias séries e você acaba tirando muito disso", disse.
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Nas últimas vezes em que havia realizado as aulas, no entanto, Coelho ainda não havia tido nenhuma experiência no profissional e treinava apenas a base do Corinthians. Agora, depois do destaque no final do ano, ele relatou que a troca de experiência com os outros treinadores ficou ainda mais interessante.
"Uma situação de elogios, de ter mudado a situação tão rápido, isso aconteceu bastante. Mas eu já conhecia a maioria dos cursos anteriores, as brincadeiras continuaram, mas os pés no chão como sempre. Mas, enfim, uma experiência muito bacana, tem mais dois anos ainda para fazer a PRO. Espero concluir isso daí da melhor maneira possível e continuar perguntando e tirando as coisas dos caras que são bons", enfatizou o treinador.
Por fim, Coelho falou sobre a situação do mercado de treinadores no futebol brasileiro. Com a grande ascensão de Jorge Jesus e Sampaoli em 2019, os clubes passaram a procurar ainda mais técnicos estrangeiros, que ganham espaço no país. Um pouco dividido sobre o assunto, o ex-jogador não acredita que deve haver uma nenhum tipo de limitação para o cargo e valorizou o trabalho feito pelos brasileiros.
"Eu lembro de situações conturbadas realmente (de quando fui treinado por um estrangeiro), mas que tinha um método bacana de treino, uma situação de jogo boa. Eu não vejo restrição nenhuma em vir para cá, a grande situação é quando vem e acha que os problemas estão resolvidos, como se os treinadores do Brasil não existissem. E treinadores do Brasil já resolveram vários problemas. É bacana quando vem para ajudar o futebol brasileiro, mas aqui também temos treinadores fantásticos", comentou Coelho.
"Jorge, Sampaoli, estão fazendo trabalhos bacanas, é legal aprender com eles, mas não podemos esquecer que já tivemos treinadores que já fizeram isso também há dois anos, um ano. Grêmio por exemplo. O que Renato fazia era absurdo. Mano com o Cruzeiro ganhando a Copa do Brasil. O Tite mesmo, o Fábio aqui (no Corinthians). O que o Fábio fez foi extraordinário, três vezes campeão Paulista seguido e um Brasileiro ainda. São coisas que acontecem aqui no Brasil e não são tão faladas, parece que quando alguém vem de fora tudo melhora, mas não é. Eu vejo a mesma situação os caras de fora com os nossos, mesma qualidade, mesmo nível. São grandes treinadores, cada um com sua maneira, e o jogador vai aprendendo. Não quero dizer que um é melhor que o outro, todos são bons, mas às vezes alguns ganham mais, outros menos, mas título é assim", finalizou.
Agora Coelho se prepara para retomar o trabalho com o Sub-20 do Corinthians e faz a sua estreia na Copa São Paulo de Futebol Júnior já no próximo dia 3, diante do Retrô-PE. A equipe alvinegra vai em busca da sua 11ª taça da Copinha, enquanto o treinador tenta se provar como um bom nome no mercado nacional.