Fagner cita Tite na Seleção ao comentar possibilidade de técnico estrangeiro no Corinthians
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Por Meu Timão
O lateral-direito Fagner falou com a imprensa nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, e tratou da busca do clube por um novo técnico. Dono de experiência internacional, já que atuou pelo PSV, da Holanda, e pelo Wolfsburg, da Alemanha. o defensor foi questionado se os treinadores de fora do Brasil são superiores ao que se vê aqui.
"Ah, é difícil falar. Faz nove anos que eu passei pela Alemanha, algumas coisas são diferentes, mas também você tem que ter adaptação ao que se trabalha no país", começou o jogador, citando o exemplo de Tite na Seleção Brasileira para justificar sua posição.
"Mesmo o treinador brasileiro com bons números e bom trabalho, ele é criticado. Um exemplo é o Tite, que tem números excelentes e às vezes é criticado com pedidos para troca. Aí falam para o jogador brasileiro ir para a Seleção e, antes dele jogar, perguntam se ele tem qualidade para encarar os jogadores do futebol europeu. Acho que a gente tem que ver o dia a dia, não dá para falar que ele vai agregar A ou B sem saber como é o trabalho no dia a dia", observou.
O jogador ainda lembrou que a pressão constante em cima dos brasileiros pode desencadear um processo de jogo pouco envolvente dentro de campo e mais voltado na busca pelos resultados, principalmente por causa da possibilidade de demissão.
"Não diria que (os brasileiros) pararam no tempo, mas o treinador brasileiro trabalha com a cabeça de que, se ele perder dois ou três jogos, ele vai ser mandado embora. Se ele pensar em um time ofensivo para jogar para frente e perder dois ou três jogos de 3 a 0 ele vai embora. Então ele prefere ganhar de 1 a 0 e ir ajustando aos poucos do que correr risco de tomar porrada. Quando vem um treinador de fora você tem mais tempo, paciência e espera para ver o que vai acontecer", assegurou.
Para o experiente camisa 23, não é possível determinar que a demora já de uma semana no anúncio do novo comandante vá complicar o time no futuro. Para ele, os treinos servem para os jogadores se apresentarem na melhor forma no futuro.
"Atrasar não é o termo, independentemente do nome do treinador que vier, os jogadores que aqui estão vão procurar ajudar da melhor forma possível. A gente sabe a importância dos jogadores estarem se preparando técnica e fisicamente. A gente estar preparado para, seja quem vier, poder executar o que o treinador quiser é algo importante também", analisou, antes de concluir.
"Ainda bem que eu não tô na pele da diretoria (risos). É difícil, não tem como falar que prefere A, B ou C. Independentemente do perfil acho que todos os atletas vão pensar em ajudar dentro de campo para que a gente consiga o melhor resultado", concluiu.