António Oliveira parabeniza raça do Corinthians em derrota e aponta o que faltou para o empate
880 visualizações 14 comentários Reportar erro
Por Pedro Mairton, Victor Gomes e Vitor Chicarolli
António Oliveira parabenizou o elenco do Corinthians pela raça em campo contra a Ponte Preta
Danilo Fernandes/Meu Timão
O técnico António Oliveira parabenizou os jogadores do Corinthians pela raça demonstrada em campo na derrota para a Ponte Preta por 1 a 0 no último domingo, pelo Paulistão. O Timão buscou o empate até o último minuto, quando parou no travessão a cabeçada de Félix Torres, mas não conseguiu evitar o revés na Neo Química Arena. Apesar do resultado ruim, o elenco corinthiano fez o que foi pedido pelo português.
“Há dias em que nós podemos ficar aqui o dia todo que dificilmente iríamos marcar. Há de ressaltar que, independentemente de estarmos tristes pela derrota, a análise que se faz, como eu digo, é o saldo de gols marcados e sofridos. Nessa perspectiva, o adversário foi melhor que nós, apesar de que, já disse para os jogadores, dei os parabéns não pelo resultado, mas pela entrega. Eu pedi para eles darem tudo e eles se entregaram de corpo e alma para esta causa, fizeram tudo…”, disse António Oliveira em entrevista coletiva após o jogo.
António Oliveira terá a primeira semana livre para treinar com o elenco do Corinthians. Desde a chegada dele ao Parque São Jorge, o Timão teve uma sequência de dois jogos por semana. Para o português, o desgaste foi determinante para a derrota corinthiana, uma vez que a Ponte Preta não teve compromisso pela Copa do Brasil, e apontou no que faltou caprichar para o Timão sair com o empate em Itaquera.
“Dentro de uma sequência de jogos, tem sido duro para nós, ainda mais numa fase inicial, quando o adversário também não competiu durante a semana. É evidente que alguns jogadores já estavam desgastados e depois isso reflete muito, principalmente, na tomada de decisão. Nessa perspectiva, tivemos pouco discernimento. De qualquer forma, mais uma vez digo que estou orgulhoso dos meus jogadores, entregaram-se, basicamente naquilo que nossa forma de jogar e naquilo da procura de uma hipotética classificação. Como eu disse, há um momento atrás falávamos de outra situação e agora estamos falando de uma classificação. Da mesma forma, estamos contra o relógio, contra o tempo, mas jamais desistiremos e no final faremos a conta”, explicou.
A derrota não complicou os planos do Corinthians no Paulistão. Embalado desde a chegada de António Oliveira, o Corinthians perdeu a chance de colar nos adversários do Grupo C e crescer na busca pela classificação ao mata-mata. A equipe alvinegra segue na lanterna da chave, com dez pontos, quatro a menos que o segundo e o terceiro colocado.
Chances criadas
O Corinthians finalizou 29 vezes contra a Ponte Preta, mas apenas quatro foram na direção do goleiro Pedro Rocha. A falta de pontaria resultou em chutes e cabeçadas próximas ao gol, além da trave, que impediu o empate corinthiano. António Oliveira analisou o número de chances criadas pelo clube do Parque São Jorge.
“Os números muitas das vezes dizem o que é o jogo, mas não dizem aquilo que foi mesmo. Quando nós falamos em 29 finalizações, é preciso também analisar onde elas foram. Se fossem 29 finalizações e 29 ao gol, eu diria que é certeza que o goleiro deles amanhã estava contratado por um clube qualquer. Nessa perspectiva, temos que cada vez mais ser assertivos e, principalmente nos últimos trinta metros, termos mais um pouquinho mais de critério, um pouquinho mais de discernimento. Isso pode ter pesado, principalmente para alguns jogadores que tiveram uma carga nos últimos jogos”, analisou.
Para o Corinthians evoluir, António Oliveira ressaltou a necessidade de tempo não só para trabalhar com os jogadores no CT Joaquim Grava, mas também para descansar o elenco nessa sequência de jogos.
“De qualquer forma, a intenção dos jogadores em fazer as coisas bem, em querer aprender e estarem imbuídos de um espírito desta forma de jogar que lhes é proposta, isso para mim, enquanto treinador, me deixa muito satisfeito e confiante. Nessa perspectiva, vai dar para nos recuperar e podermos trabalhar outras coisas que ainda não tivemos tempo para trabalhar, cada vez mais evoluindo nosso jogo”, concluiu.
