Presidente do Corinthians desde fevereiro de 2015, Roberto de Andrade entregou na última quarta-feira sua defesa no processo de impeachment . O mandatário nega fraude em contratos da Arena Corinthians e argumenta que as acusações feitas contra ele, as quais baseiam o processo em vigor no Conselho Deliberativo, não denegriram a imagem do clube. A informação é do Lance!.
Além da defesa, o dirigente separou documentos e troca de e-mails a fim de sustentar sua versão. Ele também apontou testemunhas, que devem ser chamadas para prestar depoimento na Comissão de Ética do Corinthians em breve. A princípio, serão ouvidos representantes das empresas ligadas à documentação apontada como fraude.
As possíveis irregularidades de Roberto vieram à tona no dia 21 de outubro. Segundo a revista Época, o presidente do Timão teria assinado a lista de presença da assembleia geral da Arena que decidiu pela contratação da Omni, gestora do Fiel Torcedor, para controlar o estacionamento da Arena. O encontro ocorreu em 5 de fevereiro de 2015, mas o mandatário viria a ser eleito apenas dois dias depois, no dia 7.
Não o bastante, ainda de acordo com a revista, o próprio contrato do estacionamento, assinado em 10 de janeiro de 2015, contém a assinatura de Andrade e o carimbo de presidente, cargo que ele só ocuparia 27 dias depois.
“Confiamos na Comissão de Ética e nos membros do Conselho Deliberativo. Temos certeza que os conselheiros vão barrar essa proposta se houver análise jurídica e técnica. Os documentos juntados na defesa são cristalinos, provam que o presidente assinou os contratos após a posse. Se fosse um julgamento apenas jurídico, tenho 100% de convicção de que a destituição não aconteceria”, disse Alberto Bussab, diretor jurídico do Corinthians e responsável pela defesa de Roberto.
A partir de agora, a Comissão de Ética se reunirá para elaborar o parecer do processo. A última etapa do caso passará pelo Conselho Deliberativo, este responsável por votar a determinação da Comissão. Se de fato houver a saída de Roberto, quem assumirá o cargo será o primeiro vice-presidente, que atualmente é André Luiz Oliveira, o André Negão. Entretanto, como restam mais de seis meses para as próximas eleições, em fevereiro de 2018, ele seria obrigado a convocar novo pleito .