Andrés Sanchez nega desvios na Arena e reitera que Corinthians pagará estádio
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Por Meu Timão
Andrés Sanchez voltou a negar possíveis desvios de dinheiro no modelo de financiamento da Arena Corinthians, inaugurada em maio de 2014. Em seu novo perfil no Instagram, o ex-presidente e ex-superintendente de futebol do Timão fez um desabafo sobre o assunto e garantiu que o clube honrará seu compromisso com o pagamento do estádio, cujo preço final supera R$ 1 bilhão.
“Mas para aqueles que falavam que o estádio era de graça, a resposta está dada”, escreveu Sanchez, em referência às deleções recentes de executivos da construtora Odebrecht, responsável pelas obras da Arena.
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“Ficou claro que o Corinthians tem um estádio onde não houve desvios, não houve nenhum ato de corrupção e foi construído para ser a nossa casa. E para quem não acredita, esperem um pouco mais, vocês vão ver. Vamos honrar com nosso compromisso”, prometeu o hoje deputado federal (PT-SP).
O “recado” de Andrés tem como ponto de partida a delação do empresário Marcelo Odebrecht à Polícia Federal sobre o início das conversas entre Corinthians, prefeitura de São Paulo, governo do estado, governo federal e Odebrecht pela construção do estádio privado que viria a ser a casa do clube paulista.
Segundo Marcelo, a ideia do Timão era erguer um estádio mais modesto, de cerca de R$ 400 milhões. Entretanto, como São Paulo corria risco de ficar fora da rota da principal competição esportiva do planeta – a Copa do Mundo –, o poder público recorreu à iniciativa privada e ao Corinthians para pôr o plano de outra Arena em prática.
“Estádio de abertura de Copa do Mundo é um absurdo. Você faz o estádio para um dia. É o evento da abertura, que tem 70 chefes de estado, e depois você tem de desmontar um bocado de coisa. Nenhum outro evento vai justificar aquele estádio”, disse Marcelo Odebrecht.
“Então o estádio para a abertura da Copa do Mundo, que foi dimensionado para o Corinthians àquela época, era um estádio de mais ou menos R$ 800 milhões, R$ 900 milhões. Você sai de um estádio de R$ 400 milhões, que era o que o Corinthians queria, para um de R$ 800 milhões, R$ 900 milhões, por causa das exigências da abertura da Copa do Mundo”, recorda.