Basílio cita importância de Ronaldo ao Corinthians, revela conversa com Sheik e diz como é ser herói
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Por Danilo Augusto e Vinícius Souza
Autor de um dos gols mais importantes da história do Corinthians, Basílio foi protagonista de um evento especial no Parque São Jorge na noite desta terça-feira. O eterno Pé de Anjo participou do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO), que relembrou a conquista do Campeonato Paulista de 1977 e o crescimento do clube a partir dali.
“Eu fui escolhido, o Vaguinho teve a oportunidade, o Wladimir teve a chance de cabecear, mas a bola voltou e eu fui o escolhido para fazer o gol”, disse Basílio, em referência ao único gol da finalíssima contra a Ponte Preta, no dia 13 de outubro de 1977, perto de completar 40 anos.
Com Basílio aplaudido de pé, Corinthians inicia comemorações dos 40 anos do título do Paulista de 1977 no Memorial do Timão!#77Vive pic.twitter.com/DgpVMRGo2I
— Corinthians (@Corinthians) October 10, 2017
Ídolo do Corinthians, Basílio fez questão de ressaltar a importância de outras gerações alvinegras. Para ele, aliás, uma tem participação direta na transformação do Timão de equipe de futebol a superpotência desportiva.
“O Corinthians teve gerações e gerações vencedoras, mas a geração do Ronaldo Fenômeno foi muito importante para a história do clube”, valorizou. “Hoje nós temos o privilégio de ter um CT de primeiro mundo. Fora isso, nós temos uma Arena em que o dedo dele foi fundamental”, relatou.
Basílio aproveitou o encontro com corinthianos para revelar uma conversa que teve com o atacante Emerson Sheik, herói do time na decisão na Copa Libertadores 2012. “O dia que eu comecei a frequentar o CT, conheci o Emerson Sheik e ele disse: ‘Eu não quero ser herói, não’. Mas quem escolhe isso é Deus”, declarou.
“Você vai ser colocado como ídolo. Você não escolhe, quem escolhe é a torcida, a imprensa, até os torcedores rivais...”, minimizou. “Eu pulei o muro do Pacaembu para ver o jogo do Corinthians e hoje estou aqui para falar do Corinthians para vocês”.
Fim do jejum e crescimento da Fiel
O célebre gol de Basílio representou mais que um título. Isso porque a vitória marcou o fim de um longo e incômodo tabu: o Corinthians não festejava uma conquista de grande expressão havia 22 anos, oito meses e seis dias.
Para Rafael Castilho, coordenador do NECO, se trata do maior capítulo da centenária história preta e branca. “O gol do Basílio é o momento mais importante da história do Sport Club Corinthians Paulista”, sentenciou.
“É nesse período que a torcida mais cresce. Foi um período em que a torcida do Corinthians aumentou (...). Essa era a terra de gente sofrida, que adquiriu uma identidade como a da torcida do Corinthians. O time do povo era o Corinthians”, reiterou o coordenador.
“É um momento de glória. Afirmar o título de 77 é afirmar a própria história do Corinthians”.
NECO – O Núcleo de Estudos do Corinthians tem como principal objetivo promover pesquisas, estudos, conferências e debates que façam com que a história do Corinthians permaneça viva. Projeto oficial do departamento de cultura do clube, o núcleo é aberto para qualquer corinthiano que queira contribuir com os estudos sobre o time alvinegro.