Mãe reabre Bar da Torre no Parque São Jorge para acompanhar filho no Corinthians; entenda
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Por Meu Timão
Lugar de muitas reuniões de Sócrates e seus companheiros durante a Democracia Corinthiana, o Bar da Torre, no Parque São Jorge, ficou fechado por anos. Reaberto em 2010, o local também é muito importante para a história de um jogador do Timão.
Alan Gobetti Silva começou a jogar nas categorias de base do Corinthians como goleiro aos nove anos e ia para os treinos acompanhado de sua mãe, Priscila Gobetti, que passava as tardes no clube esperando o filho. Desempregada, ela teve a ideia de reabrir o Bar da Torre, para poder ficar mais perto de seu filho, e então procurou a diretoria alvinegra.
“Um dia tive a ideia de procurar a área social para ver se eu conseguiria reativar o bar. Levei uma proposta para a diretoria do Corinthians, fiz um projetinho no papel e eles toparam. Era a chance que eu tinha de trabalhar e estar próxima do meu filho todos os dias”, disse, em entrevista a ESPN.
Assim como Prisicila, outros pais e mães também acompanham diariamente a rotina de seus filhos, torcem, sofrem e comemoram com eles. Apesar das dificuldades que existem, ela contou que aconselha os pais a sempre apoiarem seus filhos.
"Lá aparecem vários pais e mães que ficam esperando os seus filhos treinarem, como acontecia comigo. Muitos choram a não convocação para um jogo, um treino que não foi bem, uma dispensa, enfim, mas eu sempre falo para eles que tudo isso faz parte dessa luta que não é fácil, que é importante não abandonar o barco e ficar sempre ao lado deles, sonhar com eles", contou, e logo em seguida revelou seu sonho.
"Meu sonho é estar lá sentada na arquibancada, atrás do gol, em um clássico, gritando o nome do meu filho, torcendo por ele. Eu creio que esse dia está perto, se Deus quiser. A jornada é longa, mas a gente não desanima e não desiste jamais. Está perto, nós vamos cantar o hino da vitória e eu vou estar lá com ele".
Depois de passar por todas as categorias de base do clube, Alan assinou contrato profissional com o clube em 2018. Depois de empréstimos para Taboão e Nacional, o goleiro retornou ao Corinthians e está no elenco Sub-23. O atleta contou que reconhece a dificuldade que é seguir essa carreira, mas garantiu estar focado.
“Apesar de achar que a carreira de goleiro é um pouco mais longeva, sei que ela demora um pouco mais para acontecer. Diferentemente de atletas de linha que, com 18, 19 anos, já vão para a Europa, já se tornam realmente atletas de alto nível. Não conheço goleiros de time grande, de ponta, com menos de 20 anos. O que eu tenho para mim é que tenho que continuar focado e dando o melhor de mim, para quando a oportunidade chegar eu agarrar com unhas e dentes”, afirmou.