Fortalecido após veto do impeachment, Andrés Sanchez cogita voltar à presidência do Corinthians
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
O impeachment contra Roberto de Andrade foi barrado pelos conselheiros do Corinthians. Isso não implica, porém, em um apaziguamento no jogo de poderes políticos do clube.
Em entrevista concedida ainda no Parque São Jorge, após a votação do Conselho na noite da última segunda-feira, Andrés Sanchez cogitou se lançar a candidato para a eleição presidencial de fevereiro de 2018. O ex-presidente e ex-superintendente de futebol foi um cartolas que fizeram campanha contrária ao impeachment, saindo assim fortalecido com a manutenção de Roberto de Andrade no cargo máximo do clube.
"Eu nunca vou falar não para o Corinthians, mas vou lutar bastante e tentar não ser (presidente)", afirmou Andrés, ao ser questionado se aceitaria voltar à presidência do Timão.
Com experiência no cargo de presidente do Corinthians (mandou no clube de 2007 a 2012), Andrés Sanchez aproveitou para dar um conselho público a Roberto de Andrade. O ex-presidente espera que o atual mandatário melhores seu diálogo com os demais medalhões da política corinthiana.
"Não sei nem se o Roberto é intransigente, mas óbvio que um clube de futebol, ainda mais o Corinthians do tamanho que é, tem que delegar e dividir poderes, senão não consegue administrar. Você sozinho não consegue ver tudo no clube. É importante que ele tenha entendido isso e que a partir desta terça já comece a mudar", explicou.
Por fim, Andrés lembrou de sua incumbência como deputado federal, cargo para o qual foi eleito em 2014 pelo PT-SP. Assim, não será tão simples voltar a ter influência explícita no departamento de futebol do Corinthians.
"Com certeza, o presidente sabe disso, tem outras pessoas tralhando para isso, ele vai entender. Eu não tenho tempo, ajudo com opinião, infelizmente estou em Brasília e não dá para viver o dia a dia aqui. Mas tem gente competente aqui que vai ajudar o presidente", declarou.