Candidatos comentam denúncia da PGR sobre Andrés Sanchez, maior rival na eleição do Corinthians
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Por Meu Timão
Não é segredo para ninguém que Andrés Sanchez é visto como o principal rival dos três candidatos à presidência que não representam o atual grupo político que comanda o Corinthians há dez anos. Qualquer notícia do ex-mandatário do clube se transforma em barulho do lado do trio.
E não seria diferente com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação a um suposto crime tributário de R$ 8,5 milhões de uma empresa ligada a Andrés. No debate realizado na noite de segunda-feira, que não contou com a presença do deputado federal, Antonio Roque Citadini, Felipe Ezabella e Romeu Tuma Júnior falaram a respeito.
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Romeu Tuma Júnior: "Não faço promessas, assumo compromissos"
Citadini aproveitou o assunto para relembrar um antigo imbróglio da administração de Andrés à frente do Corinthians, em agosto de 2014. Na ocasião, o ex-presidente e outros três dirigentes foram acusados de sonegação de impostos no clube entre 2007 e 2010. O clube quitou os débitos na sequência e a denúncia foi arquivada.
"Não quero falar nada, ou muito pouco... é uma questão pessoal, das empresas dele. Ele que resolva a questão com seus advogados. Me interessa o processo de crime fiscal dele e dos diretores dele que ficaram três anos sem recolher impostos que eram recolhidos das pessoas (e não repassado ao Governo), esse sim tem a ver com o Corinthians. O outro problema que seja resolvido por ele...", afirmou.
Ezabella, por sua vez, preferiu não fazer juízo de valores sobre a denúncia da PGR sobre Andrés Sanchez.
"Vou ser bem objetivo, sem usar isso de palanque nem fazer balburdia, pela notícia que eu vi, foi oferecida a denúncia, nem sei se foi aceita ou não. Isso nem impacta na certidão de poder ou não ser candidato. A resposta é técnica. Isso é ruim, mas é um problema pessoal dele, é ruim para qualquer um que queira administrar o clube, problema pessoal que ele vai resolver dentro das esferas cabíveis ao lado de seus advogados", ponderou o candidato que foi diretor de esportes terrestres de Andrés.
O mais enfático ao comentar o assunto foi Romeu Tuma Jr. que, inclusive, aproveitou para cobrar o ex-presidente alvinegro.
"Isso é lamentável, mas não é novidade. Isso já vem lá de trás, e ainda tem vários outros. Eu, inclusive, alertei o pessoal da Comissão Eleitoral. Eles pediram várias certidões em relação (cidade) a São Paulo, mas temos candidato com foro de prerrogativa em Brasília, precisaria pedir também em outros estados para os candidatos que também são deputados. Mas mais importante é a imagem do Corinthians. Tem várias acusações, tá exercendo um mandato e quer presidir o Corinthians de Brasília, do ar condicionado, precisamos de um candidato que vá conduzir o clube do Parque São Jorge, precisa deixar a vida pessoal de lado. Andrés fugiu do debate. O Corinthians não pode ser usado como palanque", avisou.