A portal, conselheiros do Corinthians destrincham acordos nocivos à Arena
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Por Meu Timão
Um grupo de conselheiros do Corinthians analisou dois contratos vigentes entre o clube e a Omni. Ao portal Uol, a comissão provou que o Timão tem levado prejuízo em ambos os vínculos, e que a empresa, presente no Parque São Jorge desde 2007, é quem mais tem a ganhar com os acordos assinados pelo ex-presidente Andrés Sanchez.
O primeiro dos contratos tem ligação com a administração do estacionamento da Arena Corinthians. A Omni, que se coloca no mercado como empresa de tecnologia prestadora de serviços, assumiu a operação do estabelecimento em outubro de 2014, mas só obteve autorização para tal dois anos depois, em setembro de 2016.
De acordo com os conselheiros que decidiram destrinchar o vínculo, a Omni embolsa 70% da receita líquida do estacionamento da Arena, enquanto os 30% restantes são repassados ao Corinthians, dono do espaço. Os impostos são deduzidos da renda bruta.
Para piorar, o Corinthians não possui sequer controle sobre o negócio. Por exemplo, apenas a Omni tem poder para rescindir o acordo – por parte do Timão, a aliança só seria quebrada caso a empresa não pagasse ao clube os valores devidos ou descumprisse alguma cláusula firmada.
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Fiel Torcedor ou 'Fiel Omni'?
Outro contrato que tem rendido dor de cabeça ao Corinthians se refere ao Fiel Torcedor, programa de fidelização do clube. A divisão dos lucros é complexa e envolve o número de membros ativos.
Levando em consideração o dinheiro arrecadado somente com os primeiros 15 mil sócios-torcedores, a Omni obtém remuneração de 75%. O Corinthians, 25%. Já dos valores obtidos com os associados de 15 mil a 25 mil, 60% são abocanhados pela prestadora de serviço, fazendo com que o Timão fature 40%.
A distribuição das receitas, portanto, é escalonada, e a equipe alvinegra só aumentará seus lucros com o Fiel Torcedor no momento em que obter mais sócios adimplentes. Atualmente, pouco mais de 124 mil corinthianos estão cadastrados no programa, o que coloca o Corinthians no topo do ranking dos clubes com mais associados.
O vínculo com a Omni ligado ao Fiel Torcedor já é motivo de preocupação para a Fiel há bastante tempo. No ano passado, o presidente Roberto de Andrade, pressionado pela torcida, articulou a quebra do contrato com a cúpula da Omni, mas não teve sucesso.
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Ao menos três cargos já são disputados no Corinthians em caso de retorno de Andrés à presidência
Como dito acima, ambos os acordos tiveram aval de Andrés Sanchez, que presidiu o Corinthians entre 2007 e 2011 e participou diretamente do mandato de seu sucessor, Mário Gobbi (2012 a 2015).
Andrés, aliás, deve se candidatar ao cargo de presidente do Timão pelos próximos três anos. Ele é o principal nome para representar a chapa “Renovação e Transparência”, no comando da agremiação justamente desde 2007.