Sanchez atualiza dívida da Arena Corinthians e descarta perder Parque São Jorge
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Por Vinícius Souza
Reeleito presidente do Corinthians no último sábado, em votação que terminou em confusão no Parque São Jorge, Andrés Sanchez já tem em mente o maior desafio de sua gestão: solucionar a engenharia financeira da Arena Corinthians, inaugurada em maio de 2014 e cuja dívida se aproxima de R$ 1,17 bilhão.
Em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta terça-feira, no Parque São Jorge, Sanchez voltou a repetir o discurso adotado ao longo de toda a corrida eleitoral: de que todos os conselheiros críticos da maneira como a Arena Corinthians foi estruturada financeiramente aprovaram os contratos em reuniões do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação (Cori). Ainda assim, Andrés prometeu unir forças a fim de recolocar o clube – e a Arena – nos trilhos.
“Desafio de todos os corintianos, todos sabiam como seria a Arena, foi aprovado no Cori, não fiz nada sozinho. Mas é a prioridade resolver a engenharia financeira com a Caixa e Odebrecht. O que foi falado na eleição (pelos candidatos concorrentes) deixo de lado. Temos que tentar unir o Corinthians, a próxima eleição será em três anos. Serão difíceis, mas agradáveis, com muita alegria, tentando o melhor ao Corinthians”, afirmou Andrés.
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A nova diretoria do Corinthians voltou a conversar com a Caixa Econômica Federal já na segunda-feira. À noite, o clube divulgou nota oficial em resposta à notícia de que a Caixa havia executado as garantias do empréstimo feito pelo Timão para a construção da Arena, divulgada pelo jornal O Globo.
O Corinthians, entre outras garantias, deu parte do terreno do Parque São Jorge, sua sede social, para conseguir obter o financiamento de R$ 400 milhões, intermediado pela Caixa junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Questionado sobre o assunto, Andrés Sanchez descartou a hipótese de perder parte da área e até atualizou o valor referente à dívida do clube pela casa em Itaquera. “O Corinthians não corre risco de perder o Parque São Jorge. Já sentamos em negociações com a Caixa, esperamos o mais rápido possível chegarmos a algum denominador comum. Contando tudo, dá 1 bilhão e 170 milhões de reais, contando os juros. Sentando, vamos acertar tudo isso. Isso é prioridade”, completou.
Atualmente, a dívida mensal referente ao empréstimo do BNDES é de cerca de R$ 5 milhões. O clube, contudo, mantém conversas para diminuir a quantia e estender o prazo do débito.