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Campeão invicto há 23 anos, ex-xerife do Corinthians confia no tetra da Copa do Brasil

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Por Vinícius Souza e Rodrigo Vessoni, no CT Joaquim Grava

Campeão como atleta, Célio Silva é técnico do Sub-13 do Corinthians

Campeão como atleta, Célio Silva é técnico do Sub-13 do Corinthians

Rodrigo Vessoni/Meu Timão

Ele não marcou gols como Marcelinho Carioca nem fez defesas impressionantes como Ronaldo Giovanelli. Mas Célio Silva, o “Canhão”, foi tão importante para o Corinthians naquela decisão de Copa do Brasil quanto outros jogadores. 23 anos depois da primeira conquista do Timão – apenas a segunda de cunho nacional do clube –, o ex-zagueiro mantém vivas lembranças da campanha irretocável de 1995, que terminou com vitória sobre o Grêmio por 1 a 0 e em pleno Olímpico.

“Isso nunca sai da memória, até pelo evento em si e pelos próprios torcedores, que não nos deixam esquecer aquele jogo, aquela campanha”, conta Célio Silva, que atendeu a reportagem do Meu Timão no CT Joaquim Grava, durante visita da equipe Sub-13 do Corinthians, da qual é técnico, ao treino do elenco profissional.

Célio Silva havia chegado ao Parque São Jorge em 1994, depois de uma temporada no Caen, da França. Lembrado pelo potente chute que desferia com a perna direita, foi um dos nomes do Timão na histórica final diante do Grêmio, com interceptações e desarmes que permanecem no imaginário do torcedor corinthiano. Às vésperas da sexta decisão de torneio do Corinthians, nesta quarta-feira, às 21h45, contra o Cruzeiro, no Mineirão, ele falou acerca da primeira, já marcada por título.

“Fomos campeões invictos daquela competição e foi o primeiro título de uma equipe paulista na Copa do Brasil, primeira Copa do Brasil do Corinthians... Ela tem bastantes sabores. E a memória, sem sombra de dúvidas, viaja com bastante alegria nesse sentido”, admite, orgulhoso.

“O Corinthians está buscando o tetracampeonato. Hoje, toda vez que o Corinthians chega próximo dessa competição, vêm as lembranças, vêm as perguntas. Me sinto feliz por ter participado”.

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O caminho trilhado

Em 1995, Timão foi campeão inédito da Copa do BR após oito vitórias e dois empates

Em 1995, Timão foi campeão inédito da Copa do BR após oito vitórias e dois empates

Divulgação/Corinthians/Arquivo Placar

Embalado pelo êxito no Campeonato Paulista, o Timão passou por Operário-MT e Rio Branco-AC nas primeiras fases da Copa do Brasil de 95. Nas quartas de final, diante do Paraná Clube, empatou sem gols no Couto Pereira e venceu por 2 a 1 no Pacaembu, avançando assim à semifinal.

Sob o comando de Eduardo Amorim, sucessor de Mário Sérgio – ele pedira demissão pouco antes do início do Estadual –, o Corinthians eliminou o Vasco da Gama com direito a goleada por 5 a 0 no segundo confronto, realizado no Pacaembu.

Na final, contudo, a equipe alvinegra precisaria bater um forte Grêmio, liderado por Paulo Nunes e comandado por Luiz Felipe Scolari. “Penso que, com todo o respeito, era muito mais difícil de ganhar as competições pelo nível das equipes. Sem menosprezar A ou B, mas você pega o elenco dos times em geral, do goleiro ao atacante, eram todos atletas de alto nível. A competição era mais forte, mais competitiva, diferente”, opina Canhão.

Com gols de Viola e Marcelinho, o Timão venceu o primeiro embate por 2 a 1, levando ligeira vantagem para o segundo, a ser pleiteado no Olímpico. Por lá, Célio Silva voltou a compor dupla de zaga com Henrique e teve atuação impressionante, ajudando o Corinthians a derrotar os donos da casa pelo placar mínimo – mais um gol marcado por Pé de Anjo.

23 anos depois...

Vagno Célio do Nascimento Silva defendeu o Corinthians até 1998, quando perdeu espaço com Vanderlei Luxemburgo e topou se transferir ao Goiás. Ele penduraria as chuteiras em 2003 para, anos mais tarde, dar início à carreira de treinador de futebol.

Hoje à frente de uma das divisões de base do mesmo Timão, Célio entende que o DNA vitorioso adquirido pelo clube no passado recente o credencia a buscar o quarto troféu do certame. “São duas grandes equipes, duas camisas pesadas. Acredito que o Corinthians é dessa forma, sempre foi assim, uma equipe mais brigadora do que técnica”.

“Hoje as pessoas perguntam qual é o perfil do atleta que nós formamos, e eu respondo que formamos esse tipo de atleta, o atleta guerreiro, sem medo. Penso que não podemos fugir dessa tradição. Hoje futebol é resultado, se você joga bonito e perde, não interessa. É 100% resultado, então você joga no erro do adversário, muito mais no erro do que nas suas próprias qualidades”, pondera. “Creio que o Corinthians é forte e deixou chegar, realmente, com o apoio da torcida também, fica bem difícil”.

Campeão também em 2002 e 2009, o Corinthians jamais fez a segunda partida da final em casa, como acontecerá em 2018 – o duelo de volta frente ao Cruzeiro está marcado para quarta-feira que vem na Arena Corinthians, em Itaquera.

Para Canhão, decidir dentro de seus domínios torna-se vantajoso somente se você fizer o dever de casa em território inimigo. “É interessante. Sempre que você tiver uma vantagem é bom. Nós tivemos agora a possibilidade de fazer as oitavas (do Sub-13) decidindo fora de casa. Ganhamos o jogo aqui de 7 a 0 e praticamente definiu o jogo”, explicou.

“Não adianta você ir para a casa do adversário e tomar uma desvantagem lá, porque conseguir reverter em casa é mais difícil. É um ponto importante (decidir na Arena) desde que você tenha um primeiro jogo bom”, completa.

Canhão conversa com jovem da base ao longo de treino no CT Joaquim Grava

Canhão conversa com jovem da base ao longo de treino no CT Joaquim Grava

Rodrigo Vessoni/Meu Timão

Veja mais em: Especiais do Meu Timão, Ex-jogadores do Corinthians, Títulos do Corinthians e Copa do Brasil.

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