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Casagrande revela amor desde criança pelo Corinthians e fala sobre importância do título de 1977

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Por Meu Timão

Casagrande fez parte do elenco do Corinthians campeão paulista em 1982

Casagrande fez parte do elenco do Corinthians campeão paulista em 1982

J. P. Scalco/Divulgação Corinthians

Um dos maiores ídolos da história do Corinthians, Walter Casagrande se declara torcedor assumido do clube antes mesmo de atuar por ele. Atualmente comentarista de televisão, o ex-jogador relatou o seu amor pelo time do Parque São Jorge e revelou a influência do título paulista de 1977 na sua vida.

Tudo começou na metade da década de 1970, quando Casão fez testes no Corinthians e acabou sendo aprovado. Ainda muito jovem, a sua estreia como profissional, no entanto, veio a ocorrer apenas no início dos anos 80.

"Eu cheguei no Corinthians em 1975, que era o Dente de Leite, mas lá atrás, no Terrão. Ali onde existem os campos e quadras sintéticas, era tudo na terra. Fiz peneira lá, joguei lá, os treinos eram lá. E joguei no juvenil do Corinthians até 1980 sempre treinando lá. E era uma coisa que ficou até histórica, porque Rivellino saiu do Terrão, Wladimir saiu do Terrão, vários outros saíram do terrão, eu saí, depois o Viola saiu. Tem um monte de jogadores que saíram e têm orgulho de falar “eu sou do Terrão do Corinthians”. Era tudo muito difícil, mas para aquela época era o que tinha, e a gente não reclamava não, porque ninguém tinha uma estrutura muito boa", revelou Casagrande em entrevista ao site oficial do Corinthians.

Esse amor pelo clube alvinegro não apareceu repentinamente na sua vida. Torcedor do Timão desde pequeno, Casagrande revelou que o dia em que vestiu a camisa do Corinthians foi a verdadeira realização de um sonho.

"Eu sou corinthiano, a minha família é corinthiana pra caramba. E o meu sonho era jogar no Corinthians. Eu estava treinando na Portuguesa de Desportos, no Dente de Leite, e quando passei de ônibus (na frente do clube) e vi que estavam abertas as inscrições para o Dente de Leite do Corinthians. Eu desci lá, fiz o teste e passei, e só falei pro meu pai dois meses depois que eu estava no Corinthians, porque ele quem tinha me levado para a Portuguesa. O meu sonho naquele momento quando eu cheguei lá era jogar com a camisa do Corinthians. Pouco importa o que tivesse pela frente, eu só queria jogar com a camisa do Corinthians. E foi o maior orgulho da minha vida quando eu coloquei a camisa do Corinthians para jogar no Dente de Leite, com 11 anos de idade", acrescentou.

Tal sonho passou a ficar ainda mais evidente com a queda do jejum de 23 anos sem título do Corinthians, em 1977. Já atleta do clube na época, Casagrande não fazia parte do elenco principal, já que atuava na base, mas revelou a importância da conquista para a sua vida e a sua trajetória no esporte.

"Para mim, que sou daquela época, se você me perguntar: “Qual é o título mais importante do Corinthians?”, eu começo com 1977. É claro que a Libertadores foi importantíssima, e o Mundial também. Mas para a nossa época de lá, fazia 23 anos que o Corinthians estava tentando ganhar um Paulista. Ninguém estava pensando em Brasileiro, Libertadores, nem nada, só pensava naquilo. Então para mim, como torcedor do Corinthians, o título mais importante foi o de 1977", revelou Casão.

"Eu já sofria isso, porque todo mundo pegava o pacote. Você jogava no Dente de Leite do Corinthians e a cobrança era ser campeão porque o profissional não ganhava há 17 anos, e depois há 23 anos. A cobrança era geral. Não era só o profissional que sofria pressão por não ganhar títulos, desde a garotada do Dente de Leite já tinha a pressão. Eles cobravam da gente um título que a gente não conseguiria ganhar, porque era o do profissional. O Corinthians foi campeão do Dente de Leite, do Juvenil, do Juniores. Mas não importava, todo mundo colocava no pacote o título do Paulista que o profissional não ganhava. E por isso acho que eu subi (para o profissional) mais consciente, mais preparado, sabendo mais o que era o Corinthians. Quando você subia, você já estava preparado para a pressão que o Corinthians tinha naquela época", acrescentou.

Leia também: Casagrande fala em amor por Sócrates, relembra amizade e não lamenta ter se distanciado

Os próximos anos do atacante no Corinthians marcaram mais uma história inesquecível para os torcedores. Com uma amizade profunda com o meia Sócrates, os dois jogadores protagonizaram o time da Democracia Corinthiana, que lutou contra a ditadura militar brasileira e acabou se tornando bicampeão paulista, em 1982 e 1983.

"Eu fui bicampeão paulista com a Democracia Corinthiana, e foi um momento marcante para o futebol brasileiro e mundial. O mundo todo é interessado, já gravei documentários para a França, Noruega, Dinamarca, México. Porque era um momento diferente, de ditadura militar. Aquilo saiu de dentro do Corinthians para fora. Então foi marcante. Se o Sócrates estivesse vivo, você iria perguntar isso para ele, e ele te falaria isso também. Eu fui campeão da Champions League com o Porto, depois fui jogar na Itália, também disputei a Copa do Mundo. Mas é diferente. Aqueles dois títulos (Paulistas) foram muito marcantes. Não vai ter nada igual aquilo, até porque hoje o mundo mudou", finalizou o ex-jogador.

Veja mais em: Ídolos do Corinthians, Ex-jogadores do Corinthians e História do Corinthians.

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