Análise: Corinthians só precisava não passar vergonha no Uruguai, mas não conseguiu
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians foi ao Uruguai aceitando que o Peñarol já estava classificado e que a busca pela classificação era pura ilusão. Com vários reservas, a ideia claramente era competir e fazer ao menos um papel digno em Montevidéu, mas os corinthianos foram incapazes de não passarem vergonha fora de casa.
Assim que a escalação saiu todos os jornalistas ficaram na dúvida se o time iria em um 4-4-2 ou no mesmo 3-6-1 que deu certo recentemente, ainda que totalmente dependente da capacidade de João Victor, Raul Gustavo, além de um meio-campo/ataque que consiga encaixar a pressão na equipe adversária.
Sem os dois garotos e com Jô na frente, o Corinthians foi presa fácil. Xavier, assim como todos os jornalistas pré-jogo, pareceu entrar em campo na dúvida sobre qual era a sua função. Em várias oportunidades ficou no meio do caminho entre a linha defensiva e o meio, dando total liberdade para os adversários circularem a bola.
Roni e Camacho ainda conseguiram ter algum sucesso, mesmo com o claro desencaixe na marcação. Para piorar, Gil e Fábio Santos ficaram muito expostos com a linha alta, sem a vitalidade para pressionar nem a velocidade para recompor quando necessário. Um desastre completo.
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Para piorar, o Corinthians ainda teve falha de posicionamento no primeiro gol, com cabeçada no primeiro pau e uma polêmica decisão de que a bola entrou. Na sequência, lado esquerdo envolvido facilmente, Cássio falhou e 2 a 0. O jogo estava decidido com 15 minutos e cabia ao time definir o que queria.
Um caminho era preservar Mosquito e Vital, fechar o time e esperar o tempo passar. A outra, num breve lampejo de esperança, seria sacar Jô, Fábio Santos e Gil, colocar os outros titulares disponíveis e tentar mudar o panorama. Mancini não fez nem um nem outro.
Para piorar, o segundo tempo ainda foi típico de times que não sabem o que fazer em campo: facilmente envolvido sem a bola, pouco criativo com a bola e até apanhando mais do que o adversário. Outra parcial de 2 a 0 e um vexatório 4 a 0 para o Corinthians numa disputa em que conseguiu passar vergonha em três dos quatro jogos que fez.