Presidente do Corinthians descarta rejeição e dá palpite sobre eleição de sucessor
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Por Meu Timão
Roberto de Andrade se despediu do posto de presidente do Corinthians nesta sexta-feira. O mandatário concedeu a última entrevista coletiva de seu mandato, no CT Joaquim Grava, e mostrou satisfação no balanço final de sua trajetória. Com três títulos conquistados nos últimos três anos, o cartola fugiu de uma taxa de rejeição sobre sua gestão.
"Onde você viu índice de rejeição? Isso é na vida, nem todo mundo gosto do azul, do verde e do amarelo. Pode não concordar, mas não tem índice de rejeição. Garanto que a maioria aprovou", argumentou Roberto de Andrade.
A cadeira de presidente do Timão esteve em posse de Roberto de Andrade desde 2015. O cartola completou dez anos na diretoria do clube neste ano, pois já havia sido vice-presidente e diretor do Timão durante as gestões de Andrés Sanchez e Mário Gobbi. Em sua gestão, a equipe conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro (2015 e 2017) e um do Paulista (2017).
"Tudo tem um por quê. O bom tem, o ruim também. Fui diretor de futebol por três anos, acompanhei de perto o futebol nestes últimos seis ou sete anos. Aqui sempre procuramos ser claros, objetivos e respeitar as pessoas. Nunca um jogador saiu do Corinthians escurraçado ou sem conversa", disse o presidente, ao lado das três taças conquistadas em seu mandato.
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"Tivemos na minha gestão e em outras momentos adversos, sem pagar prêmios ou salários com dias atrasados, e nunca tivemos resposta negativa dos atletas. Isso é resultado do respeito que tivemos com todos, não só os atletas. Falei há pouco com os atletas que sempre entendi que, no futebol, é muito perto de ser uma família. É meio piegas falar isso. Mas nunca tivemos um problema de ordem pessoal de atleta com diretor, treinador ou funcionários. Isso resume um pouco dos últimos dez anos, nos quais o Corinthians vem conquistando títulos com larga vantagem sobre os adversários", completou.
O sucessor de Roberto de Andrade será definido neste sábado, no Parque São Jorge. Cinco candidatos estão presentes na corrida: Andrés Sanchez (situação), Paulo Garcia, Felipe Ezabella, Antonio Roque Citadini e Romeu Tuma Jr (de grupos ligados à oposição). Pedindo uma eleição "tranquila", o atual mandatário deixou o seu favorito para o cargo.
"Espero que a eleição transcorra na maior naturalidade do mundo, que as pessoas que vão ao Parque São Jorge queiram votar e não fazer confusão. Espero que o Andrés Sanchez vença, ele é do meu grupo político, tem meu apoio, e pelas informações que a gente tem está liderando as pesquisas com uma vantagem boa. Se tudo andar como previsto, ele será novamente o presidente do Corinthians", afirmou.
Sem esconder a emoção, Roberto de Andrade ainda comentou a dificuldade do adeus. "Não é pela despedida, por ir embora, não me agarro às coisas. Chegou o tempo. É que a gente se apega às pessoas. É a parte mais difícil", finalizou.