O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, estava ciente da irregularidade em sua assinatura em uma ata de assembleia-geral da Arena Corinthians mesmo antes de reportagem da Época revelar a suposta fraude. A revelação foi feita neste início de semana em novo texto publicado pela revista.

Em inquérito que investiga as irregularidades do presidente do Corinthians, o advogado Sérgio Luiz Verardi Dias, que responde pela BRL Trust - responsável pelo fundo que administra a Arena -, disse à Polícia Civil que o próprio fundo havia alertado Roberto de Andrade. O problema fora identificado pelos gestores do estádio em meio a uma auditoria cuja data não foi revelada pela revista.

A questão levantada por Dias à Polícia gera mais um desconforto na situação política vivida por Roberto de Andrade. Isso porque o presidente do Corinthians teria prometido ao fundo que iria corrigir o problema da assinatura - mas não o fez.

Vale também destacar que Roberto de Andrade ainda não deu sua versão dos fatos à Polícia. Ele teria sido intimado três vezes para depor pelo delegado Roberto Tadeu Sampaio Lopes, titular do 52º DP. Em nenhuma das ocasiões - 8, 16 e 25 de novembro - o presidente corinthiano compareceu à delegacia.

A polêmica

Eleito como mandatário do Corinthians em 7 de fevereiro de 2015, Roberto de Andrade assinou a ata de uma assembleia sobre a Arena como presidente em 5 de fevereiro de 2015, dois dias antes de vencer a eleição. De acordo com o clube, isso só foi feito pois a ata teria ficado pronta após a posse de Andrade.

O posicionamento da diretoria corinthiana, contudo, não "colou" para boa parte dos conselheiros do clube. Não à toa, a oposição de Roberto de Andrade protocolou um pedido de impeachment contra o atual presidente alvinegro.

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